Abertura da F1 tem protesto contra racismo liderado por Lewis Hamilton
De 20 pilotos, 14 se ajoelharam. Max Verstappen, da Red Bull, e Charles Leclerc, da Ferrari, explicaram nas redes sociais por quê não iriam protestar
Clara Cerioni
Publicado em 5 de julho de 2020 às 12h34.
A abertura da temporada 2020 da Fórmula 1 neste domingo, 05, foi marcada por um protesto de pilotos, liderados por Lewis Hamilton, contra o racismo e a violência policial. A maioria dos competidores se ajoelhou no grid de largada antes do início do Grande Prêmio da Áustria.
Único piloto negro do esporte, Hamilton usou uma camiseta preta escrito " Black Lives Matter " na frente e " End Racism " nas costas. Os outros usaram apenas com o escrito "End Racismo".
Esse tipo de protesto no esporte foipopularizado pelo quarterback Colin Kaepernick em 2016, e vem ganhando força ao redor do mundo nas manifestações contra racismo.
De acordo com imagens publicadas no twitter oficial da Fórmula 1, dos 20 pilotos presentes apenas seis não se ajoelharam, incluindo Max Verstappen, da Red Bull, e Charles Leclerc, da Ferrari.
Nas redes sociais, os dois já haviam explicado suas posições sobre o protesto.
"Acredito que o que importa são fatos e comportamentos em nossa vida cotidiana, em vez de gestos formais que podem ser vistos como controversos em alguns países", disse."Eu não vou me ajoelhar, mas isso não significa que eu esteja menos comprometido do que outros na luta contra o racismo."
Verstappen, de 22 anos, disse que também está comprometido com a igualdade e a luta contra o racismo, mas acredita que "todos têm o direito de se expressar de cada vez e da maneira que lhes convir", escreveu.
"Hoje não vou me ajoelhar, mas respeitar e apoiar as escolhas pessoais que todo piloto faz", afirmou o holandês.
(Com informações da Reuters)