Omega Seamaster 300: mais vintage, mais fino (Omega/Divulgação)
Ivan Padilla
Publicado em 24 de março de 2021 às 06h00.
Última atualização em 27 de maio de 2021 às 14h03.
Está mais do que aberta a temporada de lançamentos da alta relojoaria. As 38 marcas que participam este ano da Watches & Wonders, hoje a maior feira do segmento, aguardam o início do evento, dia 7 de abril, para apresentar as novidades. Já as demais manufaturas seguem seu próprio calendário. Ontem à tarde foi a vez da Omega.
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A manufatura de Bienne, na Suíça, apresentou cinco novidades em um vídeo distribuído para a imprensa especializada. O destaque foi um velho conhecido da marca, o Seamaster 300. Velho em apenas um sentido: trata-se de uma releitura do clássico modelo de 1957, um dos relógios de mergulho mais conhecidos, bastante próximo ao original.
O Seamaster 300 surgiu em um momento de mudanças globais. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o mundo começou a abraçar uma nova de explorações, viagens e aventura. A tecnologia acompanhou os novos anseios. A resposta da Omega aos desejos do consumidor foi a chamada “trilogia profissional”, lançado em 1957 e formada pelo Speedmaster, o Railmaster e o Seamaster 300.
O Speedmaster foi o modelo usado pelos astronautas americanos e esteve presente em seis viagens espaciais. O Railmaster teve como inspiração os trabalhadores ferroviários e suporta grandes alterações causadas por campos elétricos. O Seamaster, como diz o nome, nasceu como o primeiro modelo da Omega para mergulho, uma categoria em alta hoje no segmento.
O design do Seamaster 300 incluía números luminosos e grandes ponteiros, o que ajuda a leitura das horas em grandes profundidades. Também tinha um sistema de trava do bisel, o anel em torno do mostrador que serve para medir o tempo sob as águas.
Depois do lançamento, claro, outras versões foram surgindo. O novo Seamaster 300 agora apresenta um design bastante próximo ao original de 1957. É mais fino do que a versão anterior, graças ao vidro de safira. A caixa de 41 milímetros é de aço e tem o bisel também um pouco mais fino em alumínio. A pulseira é de aço, com melhor sistema de ajuste e fechamento, ou de couro, também com uma nova fivela.
Uma mudança notável é o sistema de sanduíche do mostrador. Por baixo fica uma placa com o sistema luminoso Super-LumiNova. Acima fica outra placa com os desenhos dos números recortados. O estilo dos numerais é o arábico, como no modelo dos anos 1960.
O lado vintage do Seamaster 300 acaba aqui. Por dentro dessa aparência sexagenária bate um movimento novinho, visível pelo fundo de cristal de safira. O Omega Co-Axial Master Chronometer calibre 8912 tem o certificado do Swiss Federal Institute of Metrology (METAS) de alta resistencia a mudanças de magnetismo.
Uma das novas versões do Seamaster 300 é o modelo em ouro bronze, o primeiro da Omega com essa combinação. O bronze tem tradição na exploração de oceanos e é utilizado em peças como hélices de barcos e cascos de imersão. O tom rosado da mistura com ouro se destaca aqui e a composição faz com que o material seja mais resistente à corrosão.
Todo protagonista precisa de coadjuvantes. Depois do show do Seamaster no vídeo de apresentação vieram os demais lançamentos: o novo Constellation Small Seconds, o De Ville Trésor Power Reserve, o Seamastar Aqua Terra e, adivinhem: um outro Seamaster, o Diver 300M Black Black, uma versão do original de 1993, com caixa de 43,5 milímetros e todo na cor preta.
Todos os modelos apresentados são releituras dos modelos atuais sem grandes novidades, só com aquilo que a Omega tem de melhor: tradição e calibres de alta qualidade. O novo Seamaster 300 deve chegar ao Brasil no segundo semestre. A Omega tem loja no shopping Cidade Jardim, em São Paulo. O preço não foi revelado, mas a versão de entrada hoje do modelo custa 29.900 reais.
Ao final do vídeo de apresentação, uma surpresa. O ator George Clooney, garoto-propaganda da marca, aparece em uma tomada propositalmente mal gravada, com falhas, em uma pose de canastrão. O recado dele: as novidades foram mostradas pelos altos executivos da marca, como o CEO Raynald Aeschilimann. Mas relógios profissionais pedem um apresentador profissional. No caso, ele.