6 preciosidades do novo contêiner da Cellar Vinhos, cujo foco é a França
Com novos sócios, entre os quais Julia Frischtak e Rodrigo Malizia, importadora aposta em rótulos surpreendentes que não custam uma fortuna
Daniel Salles
Publicado em 18 de novembro de 2020 às 14h59.
Última atualização em 18 de novembro de 2020 às 15h25.
Em setembro do ano passado a importadora Cellar Vinhos, fundada em 1995 por Amauri de Faria, ganhou novos sócios, entre os quais Julia Frischtak e Rodrigo Malizia, e evidente novo gás. Com centenas de seguidores no Instragram, o último faz as vezes de porta-voz da companhia — sua conta na rede social é @malizia_vinhos; a da importadora, @cellarvinhos. “Apostamos em vinhos que não custam uma fortuna”, diz Malizia. “Nos preocupamos para que os rótulos escolhidos, de 100, 200 ou 10.000 reais, sejam os melhores do mercado”.
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O foco da Cellar são os vinhos produzidos na França, mais exatamente os da festejada região da Borgonha. A empresa dá preferência a produtores menores e rótulos que refletem seus terroirs a contento e obedecem a preceitos orgânicos e biodinâmicos, por exemplo. “Mas sempre sem descuidar da curadoria, porque também não faltam vinhos naturais ruins”, Julia ressalva. A meta agora é também começar a importar rótulos de Portugal e da Espanha.
A importadora criou o hábito de informar à clientela sobre a chegada de cada novo contêiner. O que acaba de desembarcar no Brasil é o de número 6. Conheça seis preciosidades do novo lote.
Bourgogne Aligoté 2017: R$ 195
O produtor Pierre Amiot e seus dois filhos, Jean-Louis e Didier, enraizados na Borgonha, debutam no portfólio da Cellar. Aligoté é uma uva da região que poucas pessoas fora da França conhecem. É a base deste vinho delicado e caracterizado por acidez marcante e final saboroso. “Recomendo bebê-lo sozinho ou comendo escargot, salada e peixes crus”, diz Malizia.
Saumur Champigny "Les Roches" 2018: R$ 245
Thierry Germain, o responsável por este tinto, cuida de seus vinhedos como se fossem um jardim. Aposta, basicamente, nas uvas chenin blanc e cabernet franc. “São vinhos mágicos”, elogia Malizia. “O chenin blanc exala uma mineralidade deliciosa e, sinceramente, ninguém faz um cabernet franc como Germain”. Sugestão de harmonização: hambúrgueres.
Château La Grave Figeac St. Emilion Grand Cru 2014: R$ 395
A vinícola responsável por este merlot é uma das raras em Bordeaux a adotar preceitos orgânicos e biodinâmicos. “Faz vinhos delicados, finos”, elogia o importador. Château La Grave Figeac St. Emilion Grand Cru é uma ótima pedida para acompanhar pratos com carne vermelha ou com molhos vermelhos e condimentados.
Crozes-Hermitage/Domaine Les Entrefaux 2018: R$ 275
O produtor deste rótulo consegue elaborar syrahs extremamente finos e elegantes, e com menos tempo que os concorrentes — essa uva, em geral, demanda mais tempo para ficar palatável. “É uma variedade com bastante tanino, difícil de beber sem ser ‘amansada’”, comenta o sócio da Cellar. Ótima companhia para pratos com cordeiro e azeitonas negras.
Bourgogne "Les Grands Chaillots" 2017: R$ 365
Thibault Liger-Belair é quem produz essa preciosidade, o vinho que lhe serve de cartão de visitas. Elaborado só com uvas pinot noir, remete, no olfato, a frutas vermelhas e toques florais com ervas. “No mercado se encontram as safras 2018, 2019, mas conseguimos trazer a de 2017”, comemora o importador. “Vende como água”. Ótima companhia para receitas com pato e frango assado.
Sancerre Blanc “Florès” 2018: R$ 345
A família Pinard está há 20 gerações produzindo vinhos em Sancerre e se tornou uma referência de qualidade no Vale do Loire. “Os sauvignon blancs deles são limpos, diretos, precisos, sem nenhum traço vegetal”, avalia Malizia. Ostras, ceviche e peixes crus são boas opções para harmonizar.