10 boas razões para você fazer triatlo
Os prós e contras para quem pensa um dia em encarar os desafios da modalidade, segundo a atleta Claudia Aratangy
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2011 às 18h29.
O triatlo ainda é um esporte pouco conhecido no Brasil. Acontece — mas cada vez mais raramente — de as pessoas perguntarem qual esporte um triatleta pratica e, ao ouvirem “triatlo”, perguntarem: “O que, teatro? Você fica em forma fazendo teatro?” Entretanto, isso está mudando. O esporte, composto de três modalidades (natação, ciclismo e corrida), vem se popularizando no Brasil e no mundo nos últimos anos. Basta ver a procura pelo Ironman Brasil em suas mais recentes edições. As inscrições para a prova de 2009 foram abertas no final de 2008 e se esgotaram em fevereiro de 2009. Na edição seguinte, elas acabaram em um mês. Para o Ironman 2011, que irá ocorrer em maio em Florianópolis, as vagas desapareceram em apenas 72 horas.
O Ironman é a prova com as maiores distâncias do triatlo aqui no Brasil — 3,8, quilômetros de natação, 180 quilômetros de ciclismo e, para finalizar, uma maratona, 42.195 quilômetros. Há outras distâncias: o short triatlo (720 m/20 km/5 km), a distância olímpica (1,5 km/40 km/10 km) e o long distance, ou Meio-Ironman (1,9 km/90 km/21 km). É fascinante e complexo e não é à toa que somos considerados seres excêntricos. Quem, em sã consciência, levantaria às 4h30 da manhã para ir pedalar? Ou quem seria capaz de dizer “nossa, sofri pra caramba naquele treino. Foi ótimo!”? Nós, os triatletas.
Claudia Aratangy, 47 anos, pratica a modalidade desde 2007. Já fez mais de dez provas, incluindo cinco Meio-Ironman, e mantém o blog ironmanumainsanidade.blogspot.com
1.Otimizar o tempo
O triatleta precisa ser disciplinado, organizado e perseverante. O amador investe, em média, 1 hora e meia de treino por dia. Você provavelmente trabalha, tem família ou namorada e amigos, lê, vai ao cinema. Portanto, terá de organizar a agenda. Cada um dos esportes deve ser praticado ao menos duas vezes por semana. Minutos e segundos passam a ser contabilizados. Na transição — passagem de uma modalidade a outra durante uma prova de triatlo —, 2 minutos são uma eternidade: dá tempo de sair do mar, correr até sua bike, tirar a roupa de borracha, colocar o capacete e zarpar. Portanto, aprende-se que acordar às 6 horas é diferente de acordar às 6h02.
2.Ressaca zero, alimentação 10
Esqueça a gandaia. O estilo de vida imposto pelo triatlo manterá você distante dos vícios. Ou melhor, irá iniciá-lo num novo vício — o do próprio esporte. O recém-convertido triatleta respira, bebe e transpira (e como!) triatlo. Quando você menos esperar, vai se ver ansioso por levantar às 5 da manhã, em pleno domingo, para ir pedalar. No sábado à noite, no máximo uma tacinha de vinho. Essa vida espartana inclui uma alimentação equilibrada e regrada. Muito carboidrato, alguma proteína, nada de frituras ou doces. Claro que rola uma escorregadinha de vez em quando, mas, para aguentar o tranco, descanso e nutrição são considerados parte do esporte.
3.Ficar sarado, mas não deformado
No triatlo, o corpo lida com o meio aquático, na posição horizontal; depois luta com o vento, sentado; por último, move-se com os pés no chão, em posição ereta. Uma ampla gama de grupos musculares é envolvida nesses exercícios. Não há sobrecarga para uma articulação ou parte específica do corpo. O triatleta típico não é troncudo como os nadadores ou magrelo como os corredores e também não tem coxas e panturrilhas desproporcionais. É magro, mas forte. Os amadores não são tão definidos e atléticos como os deuses e deusas do triatlo profissional, mas, treinando, tendem a um equilíbrio.
4.Treinar, competir, passear
Se por um lado as saídas noturnas e as baladas vão diminuir, por outro todo um novo universo de lazer se abre. No domingo de madrugada, por exemplo, enquanto o pessoal está voltando da balada, você está acordando para ir correr na cidade sonolenta e silenciosa ou se arrumando para participar de uma travessia aquática numa praia bacana. Os lugares de férias passam a ser escolhidos por novos critérios. Belas paisagens? Lugares históricos? Compras? Nada disso. O que interessa é que sejam locais com bons percursos para treinos ou competições. Pucón, no Chile, Phuket, na Tailândia, e Port Elizabeth, na África do Sul, são alguns dos destinos possíveis. É só definir a época do ano e encontrar os cantos do mundo para onde revoam os triatletas. Ou vice-versa.
5.Conhecer pessoas
O universo do triatlo abre uma nova frente de possibilidades para aumentar o círculo social. Gente mais velha ou mais nova que você, homens e mulheres, todos com um estilo de vida parecido com o seu, compartilhando a mesma paixão. As amizades começam despretensiosas, durante o treino de pelotão no ciclismo, no intervalo entre um tiro e outro na corrida, numa viagem para competir. Aos poucos, entretanto, as pessoas passam a fazer parte de sua vida. Depois de um treino puxado, com o sangue saturado de endorfina, triatletas podem ser vistos enchendo a cara de café, trocando confidências ou dando risadas em cafés perto de seus locais de treino.
6.Competir
No triatlo, as provas não são excludentes. Não tem problema ficar em último. Na prova seguinte, é possível estar lá de novo para tentar ser, pelo menos, o penúltimo. Há Kona, Las Vegas e Clearwater — olimpos do triatlo mundial —, além de outros campeonatos para os quais é necessário se qualificar. Mas são poucos os casos e, em geral, a disputa por uma vaga nessas competições serve de estímulo a mais para os amadores, mas sem estragar o prazer de simplesmente competir.
7.Organizar-se e planejar-se
Desde a inscrição até a hora de cruzar a linha de chegada, vários passos precisam ser planejados. Só para dar uma ideia, segue uma lista básica de tarefas antes de cada prova: • Reservar hotel e restaurante quando a prova é fora de sua cidade.
• Buscar o kit (sacola dada pela organização da prova, com número de peito, chip de cronometragem, número para colocar na bike).
• Lembrar de todos os equipamentos e colocá-los nos lugares certos — câmaras para os pneus, viseira, suplementos, protetor solar, capacete etc.
• Preparar a alimentação e a hidratação que serão feitas durante a prova.
• Separar as roupas que serão usadas antes e logo depois da competição.
Depois de duas ou três provas, o triatleta começa a ficar expert no assunto.
8.Comemorar três vezes
Uma das melhores coisas do triatlo é o fato de ter três chegadas. A da natação, a do ciclismo e a final. A sensação de dever cumprido é muito boa. Em vez de pensar na prova como um único desafio, é possível imaginar que se está dando um passo de cada vez, fazendo conquistas parciais.
9.Competir junto com os profissionais
Você acha que algum dia vai jogar uma pelada com o Ronaldo? No triatlo, o sonho se realiza. Os deuses da modalidade ficam ao alcance dos mortais. Eles e nós atravessamos o mesmo mar, trepidamos no mesmo asfalto, somos castigados pelo mesmo sol. Às vezes, o circuito de ciclismo tem mais de uma volta e nem ligamos ao sermos ultrapassados.
10.Completar um ironman
Tornar-se um Ironman é o sonho de um triatleta. Como num ritual de passagem, toda a comunidade de praticantes acompanha esse dia: desde aqueles que nunca participaram até os mais experientes. Chega-se ao fim renascido e aceito com um novo status. No final, quer a prova tenha durado 9 horas, quer 17, é a glória, com direito a medalha e tudo.
…e outras 10 para continuar em casa
1.Pau pra toda obra, mestre de nenhuma
Dizem as más línguas que o triatleta é um cara que não se destacou na natação, pedala mal e não corre forte.
2.Religioso e monotemático
O triatleta convertido pode ser um chato. Só pensa naquilo, só fala daquilo. Haja paciência para quem não é do ramo.
3.Vida social é restrita
Jantar depois das 20h30? Nem pensar. Às 21 horas, ele só quer ir para a cama. Além disso, não come fritura, bebe pouco e evita doces. Sair para comer macarrão com grelhado? Nem vale a pena.
4.Menos tempo e disposição para a família
Brincar com as crianças depois de pedalar 150 quilômetros é impossível. Almoço de domingo na casa da sogra em dia de competição? Sem chance. Crises conjugais não são raras na vida dos triatletas.
5.Brinquedinho caro
Colocando na ponta do lápis, os gastos com assessoria esportiva, academia, suplementação, inscrições (e viagens) para as provas e com os equipamentos de triatlo, você verá que é um investimento alto.
6. Poucas provas, nem sempre bem organizadas
Embora o esporte esteja crescendo no país, há muitas provas de triatlo com problemas de organização.
7.Poucas mulheres
Há mais mulheres treinando, mas o ambiente ainda é predominantemente masculino.
8.Treinos de alto risco
Ciclismo é um esporte perigoso. Acidentes não são incomuns. Embora estradas mais perigosas possam ser evitadas, às vezes um cachorro desavisado que atravesse a pista pode levar o atleta ao chão e, aí, uma fratura na clavícula é o menor dos riscos.
9.Lesões e fisioterapia
Tendinites, fratura por estresse… A lista é longa e variada. Além de todo o treino que o triatleta faz, muitas vezes tem ainda de espremer sessões de fisioterapia em sua agenda.
10.Querer completar um Ironman
Mais cedo ou mais tarde, vai querer completar um Ironman. E aí você já está definitivamente perdido.
Dúvidas freqüentes, respostas diretas
Eu corro bem, pedalo mais ou menos e sou um fiasco na piscina. Dá para encarar?
Dá. O pedal evolui rapidamente se você mantiver a frequência de treinos, e a natação é a parte mais curta do triatlo. Se você não for do tipo que entra em pânico em águas abertas, não tem problema.
Consigo correr meia hora na esteira. Em quanto tempo vou conseguir fazer um triatlo?
Para fazer um short triatlo, você tem de aguentar, no mínimo, 1 hora e meia de atividade intensa. Mas é preciso que também tenha segurança de nadar em águas abertas e saiba pedalar na rua.
Treino um pouco de cada modalidade por semana? Ou concentro os esforços na que sou mais fraco?
Para o iniciante, o ideal são três sessões por semana de corrida, três de pedal, três de natação e duas de musculação. Quando tiver de abrir mão de algum treino, é recomendável que seja o de sua modalidade mais forte.
Estou chegando aos 40. Não é tarde para começar?
Não há problema em se iniciar depois dos 40, desde que você comece com calma, faça os exames para checar suas condições de saúde e procure uma assessoria para orientar seus treinos.
O triatlo ainda é um esporte pouco conhecido no Brasil. Acontece — mas cada vez mais raramente — de as pessoas perguntarem qual esporte um triatleta pratica e, ao ouvirem “triatlo”, perguntarem: “O que, teatro? Você fica em forma fazendo teatro?” Entretanto, isso está mudando. O esporte, composto de três modalidades (natação, ciclismo e corrida), vem se popularizando no Brasil e no mundo nos últimos anos. Basta ver a procura pelo Ironman Brasil em suas mais recentes edições. As inscrições para a prova de 2009 foram abertas no final de 2008 e se esgotaram em fevereiro de 2009. Na edição seguinte, elas acabaram em um mês. Para o Ironman 2011, que irá ocorrer em maio em Florianópolis, as vagas desapareceram em apenas 72 horas.
O Ironman é a prova com as maiores distâncias do triatlo aqui no Brasil — 3,8, quilômetros de natação, 180 quilômetros de ciclismo e, para finalizar, uma maratona, 42.195 quilômetros. Há outras distâncias: o short triatlo (720 m/20 km/5 km), a distância olímpica (1,5 km/40 km/10 km) e o long distance, ou Meio-Ironman (1,9 km/90 km/21 km). É fascinante e complexo e não é à toa que somos considerados seres excêntricos. Quem, em sã consciência, levantaria às 4h30 da manhã para ir pedalar? Ou quem seria capaz de dizer “nossa, sofri pra caramba naquele treino. Foi ótimo!”? Nós, os triatletas.
Claudia Aratangy, 47 anos, pratica a modalidade desde 2007. Já fez mais de dez provas, incluindo cinco Meio-Ironman, e mantém o blog ironmanumainsanidade.blogspot.com
1.Otimizar o tempo
O triatleta precisa ser disciplinado, organizado e perseverante. O amador investe, em média, 1 hora e meia de treino por dia. Você provavelmente trabalha, tem família ou namorada e amigos, lê, vai ao cinema. Portanto, terá de organizar a agenda. Cada um dos esportes deve ser praticado ao menos duas vezes por semana. Minutos e segundos passam a ser contabilizados. Na transição — passagem de uma modalidade a outra durante uma prova de triatlo —, 2 minutos são uma eternidade: dá tempo de sair do mar, correr até sua bike, tirar a roupa de borracha, colocar o capacete e zarpar. Portanto, aprende-se que acordar às 6 horas é diferente de acordar às 6h02.
2.Ressaca zero, alimentação 10
Esqueça a gandaia. O estilo de vida imposto pelo triatlo manterá você distante dos vícios. Ou melhor, irá iniciá-lo num novo vício — o do próprio esporte. O recém-convertido triatleta respira, bebe e transpira (e como!) triatlo. Quando você menos esperar, vai se ver ansioso por levantar às 5 da manhã, em pleno domingo, para ir pedalar. No sábado à noite, no máximo uma tacinha de vinho. Essa vida espartana inclui uma alimentação equilibrada e regrada. Muito carboidrato, alguma proteína, nada de frituras ou doces. Claro que rola uma escorregadinha de vez em quando, mas, para aguentar o tranco, descanso e nutrição são considerados parte do esporte.
3.Ficar sarado, mas não deformado
No triatlo, o corpo lida com o meio aquático, na posição horizontal; depois luta com o vento, sentado; por último, move-se com os pés no chão, em posição ereta. Uma ampla gama de grupos musculares é envolvida nesses exercícios. Não há sobrecarga para uma articulação ou parte específica do corpo. O triatleta típico não é troncudo como os nadadores ou magrelo como os corredores e também não tem coxas e panturrilhas desproporcionais. É magro, mas forte. Os amadores não são tão definidos e atléticos como os deuses e deusas do triatlo profissional, mas, treinando, tendem a um equilíbrio.
4.Treinar, competir, passear
Se por um lado as saídas noturnas e as baladas vão diminuir, por outro todo um novo universo de lazer se abre. No domingo de madrugada, por exemplo, enquanto o pessoal está voltando da balada, você está acordando para ir correr na cidade sonolenta e silenciosa ou se arrumando para participar de uma travessia aquática numa praia bacana. Os lugares de férias passam a ser escolhidos por novos critérios. Belas paisagens? Lugares históricos? Compras? Nada disso. O que interessa é que sejam locais com bons percursos para treinos ou competições. Pucón, no Chile, Phuket, na Tailândia, e Port Elizabeth, na África do Sul, são alguns dos destinos possíveis. É só definir a época do ano e encontrar os cantos do mundo para onde revoam os triatletas. Ou vice-versa.
5.Conhecer pessoas
O universo do triatlo abre uma nova frente de possibilidades para aumentar o círculo social. Gente mais velha ou mais nova que você, homens e mulheres, todos com um estilo de vida parecido com o seu, compartilhando a mesma paixão. As amizades começam despretensiosas, durante o treino de pelotão no ciclismo, no intervalo entre um tiro e outro na corrida, numa viagem para competir. Aos poucos, entretanto, as pessoas passam a fazer parte de sua vida. Depois de um treino puxado, com o sangue saturado de endorfina, triatletas podem ser vistos enchendo a cara de café, trocando confidências ou dando risadas em cafés perto de seus locais de treino.
6.Competir
No triatlo, as provas não são excludentes. Não tem problema ficar em último. Na prova seguinte, é possível estar lá de novo para tentar ser, pelo menos, o penúltimo. Há Kona, Las Vegas e Clearwater — olimpos do triatlo mundial —, além de outros campeonatos para os quais é necessário se qualificar. Mas são poucos os casos e, em geral, a disputa por uma vaga nessas competições serve de estímulo a mais para os amadores, mas sem estragar o prazer de simplesmente competir.
7.Organizar-se e planejar-se
Desde a inscrição até a hora de cruzar a linha de chegada, vários passos precisam ser planejados. Só para dar uma ideia, segue uma lista básica de tarefas antes de cada prova: • Reservar hotel e restaurante quando a prova é fora de sua cidade.
• Buscar o kit (sacola dada pela organização da prova, com número de peito, chip de cronometragem, número para colocar na bike).
• Lembrar de todos os equipamentos e colocá-los nos lugares certos — câmaras para os pneus, viseira, suplementos, protetor solar, capacete etc.
• Preparar a alimentação e a hidratação que serão feitas durante a prova.
• Separar as roupas que serão usadas antes e logo depois da competição.
Depois de duas ou três provas, o triatleta começa a ficar expert no assunto.
8.Comemorar três vezes
Uma das melhores coisas do triatlo é o fato de ter três chegadas. A da natação, a do ciclismo e a final. A sensação de dever cumprido é muito boa. Em vez de pensar na prova como um único desafio, é possível imaginar que se está dando um passo de cada vez, fazendo conquistas parciais.
9.Competir junto com os profissionais
Você acha que algum dia vai jogar uma pelada com o Ronaldo? No triatlo, o sonho se realiza. Os deuses da modalidade ficam ao alcance dos mortais. Eles e nós atravessamos o mesmo mar, trepidamos no mesmo asfalto, somos castigados pelo mesmo sol. Às vezes, o circuito de ciclismo tem mais de uma volta e nem ligamos ao sermos ultrapassados.
10.Completar um ironman
Tornar-se um Ironman é o sonho de um triatleta. Como num ritual de passagem, toda a comunidade de praticantes acompanha esse dia: desde aqueles que nunca participaram até os mais experientes. Chega-se ao fim renascido e aceito com um novo status. No final, quer a prova tenha durado 9 horas, quer 17, é a glória, com direito a medalha e tudo.
…e outras 10 para continuar em casa
1.Pau pra toda obra, mestre de nenhuma
Dizem as más línguas que o triatleta é um cara que não se destacou na natação, pedala mal e não corre forte.
2.Religioso e monotemático
O triatleta convertido pode ser um chato. Só pensa naquilo, só fala daquilo. Haja paciência para quem não é do ramo.
3.Vida social é restrita
Jantar depois das 20h30? Nem pensar. Às 21 horas, ele só quer ir para a cama. Além disso, não come fritura, bebe pouco e evita doces. Sair para comer macarrão com grelhado? Nem vale a pena.
4.Menos tempo e disposição para a família
Brincar com as crianças depois de pedalar 150 quilômetros é impossível. Almoço de domingo na casa da sogra em dia de competição? Sem chance. Crises conjugais não são raras na vida dos triatletas.
5.Brinquedinho caro
Colocando na ponta do lápis, os gastos com assessoria esportiva, academia, suplementação, inscrições (e viagens) para as provas e com os equipamentos de triatlo, você verá que é um investimento alto.
6. Poucas provas, nem sempre bem organizadas
Embora o esporte esteja crescendo no país, há muitas provas de triatlo com problemas de organização.
7.Poucas mulheres
Há mais mulheres treinando, mas o ambiente ainda é predominantemente masculino.
8.Treinos de alto risco
Ciclismo é um esporte perigoso. Acidentes não são incomuns. Embora estradas mais perigosas possam ser evitadas, às vezes um cachorro desavisado que atravesse a pista pode levar o atleta ao chão e, aí, uma fratura na clavícula é o menor dos riscos.
9.Lesões e fisioterapia
Tendinites, fratura por estresse… A lista é longa e variada. Além de todo o treino que o triatleta faz, muitas vezes tem ainda de espremer sessões de fisioterapia em sua agenda.
10.Querer completar um Ironman
Mais cedo ou mais tarde, vai querer completar um Ironman. E aí você já está definitivamente perdido.
Dúvidas freqüentes, respostas diretas
Eu corro bem, pedalo mais ou menos e sou um fiasco na piscina. Dá para encarar?
Dá. O pedal evolui rapidamente se você mantiver a frequência de treinos, e a natação é a parte mais curta do triatlo. Se você não for do tipo que entra em pânico em águas abertas, não tem problema.
Consigo correr meia hora na esteira. Em quanto tempo vou conseguir fazer um triatlo?
Para fazer um short triatlo, você tem de aguentar, no mínimo, 1 hora e meia de atividade intensa. Mas é preciso que também tenha segurança de nadar em águas abertas e saiba pedalar na rua.
Treino um pouco de cada modalidade por semana? Ou concentro os esforços na que sou mais fraco?
Para o iniciante, o ideal são três sessões por semana de corrida, três de pedal, três de natação e duas de musculação. Quando tiver de abrir mão de algum treino, é recomendável que seja o de sua modalidade mais forte.
Estou chegando aos 40. Não é tarde para começar?
Não há problema em se iniciar depois dos 40, desde que você comece com calma, faça os exames para checar suas condições de saúde e procure uma assessoria para orientar seus treinos.