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Trump x Kamala: como liderar um escritório dividido por causa de política?

Segundo especialista, há evidências de que os trabalhadores americanos estejam se dividindo em ‘tribos’ republicanas e democratas, exacerbando ainda mais a indignação e a polarização dentro das empresas

A ideia é manter a calma e ganhar a confiança da equipe (Foto/Thinkstock)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 7 de novembro de 2024 às 08h00.

O ambiente de trabalho é rico em troca de experiências, mas também pode ser perigoso quando a discussão entra no mundo da política.

Segundo Isabel Berwick, do Financial Times, durante a pandemia, as empresas não estavam tão preocupadas em proibir os funcionários de falarem sobre política. A visão predominante era muito focada em "trazer todo o seu ser para o trabalho".

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A especialista em carreira disse que agora vem percebendo uma certa mudança nas corporações, com o foco em trabalhar em direção a um propósito comum: os objetivos da equipe e da organização em geral, em vez de falar sobre diferenças em perspectivas sociais e políticas.

E como os líderes podem g erenciar um aumento de tensão no escritório?

"Para muitas pessoas nos Estados Unidos e no mundo ocidental, de forma mais ampla, há um medo real de um futuro incerto que será pior do que o presente, um profundo ressentimento sobre decisões de governança de passados ​​recentes e distantes e uma sensação incômoda de que as culturas tradicionais estão sob cerco”, escreveu Karthik Ramanna, professor de negócios e políticas públicas da Universidade de Oxford.

Separação por "tribos"

O professor apontou que há “algumas evidências que sugerem que os trabalhadores dos Estados Unidos estão se segregando em ‘tribos’ republicanas e democratas, exacerbando ainda mais a indignação e a polarização dentro das empresas e no país como um todo”.Os líderes, ele sugeriu, devem — mais do que tudo — estar preparados para a próxima “indignação”, porque elas continuarão acontecendo. A vida tranquila do escritório sem discussão não voltará tão cedo, principalmente no período pós-eleições.

O modelo de liderança de que precisamos agora, acredita Karthik, "não é o modelo de liderança defendido por muitas escolas de negócios, onde a retórica bombástica é usada para 'reunir as tropas'". Em vez disso, oslíderes podem "construir culturas de escuta ativa, para que, quando você se deparar com uma crise de indignação, já tenha alguma confiança que pode permitir que você abaixe a temperaturae encontre maneiras autênticas de baixo para cima para levar a organização adiante". Um bom lema: pare, ouça, aprenda.

"Não espere ser apreciado por todos. A natureza do nosso mundo hoje é tal que, não importa o que você faça, você será visto como parte do problema, especialmente se estiver em uma posição de poder. Tenha um senso de perspectiva sobre isso e não tente liderar ou viver a vida como se fosse um concurso de popularidade", diz Karthik Ramanna.

A ideia é manter a calma e ganhar a confiança da equipe. Você não vai resolver os problemas do mundo a partir de uma mesinha de escritório.

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