Multiple white hands are pointing index fingers from the right to the left at one set of hands. The pair of hands that are being pointed at are up in a defensive pose, with fingers to the sky and palms towards the pointing fingers. (foto/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2019 às 12h00.
Última atualização em 27 de maio de 2019 às 12h00.
É inquestionável a importância do tema Futuro do Trabalho, pois a tecnologia digital – não apenas, mas principalmente ela – está redefinindo as formas de trabalhar e redesenhando modelos de negócios. Ser uma empresa reconhecida ou um profissional de sucesso requer uma nova maneira de pensar e de agir.
Ter capacidade de fazer as coisas acontecerem tem sido um grande desafio para as pessoas e para as organizações. O fato é que tem se dedicado muito tempo para mapear o futuro e pouco investimento em transformar o presente.
Recentemente, o Grupo Cia de Talentos, empresa de educação para carreira, junto com o GPTW (Great Place to Work), autoridade global no mundo do trabalho, lançaram a 1ª edição da pesquisa Empresas do Futuro, que teve por objetivo mapear o quanto as empresas brasileiras já trilharam com relação ao futuro.
Os resultados não são animadores de observar:
Em 66% das empresas, as equipes operacionais e a liderança não compartilham um mesmo espaço de trabalho. Ter lugares exclusivos para a gestão e alta liderança inviabiliza a proximidade da equipe e a comunicação fluida, além de incentivar o distanciamento hierárquico. Isto está bem longe dos modelos previstos para o futuro.
Para 34% das empresas, o tema pessoas é a última pauta a ser discutida em uma reunião estratégica, isso quando é! Os mais diferentes estudos sobre gestão de pessoas apontam que o sucesso de uma empresa depende do engajamento dos seus colaboradores e esse envolvimento é resultado da experiência positiva do profissional com a empresa. Só temos condição de oferecer experiência positiva se colocarmos as pessoas no centro das decisões estratégicas.
Apenas 34% das empresas demitiriam um líder que fez um comentário em público, ofensivo e discriminatório a um determinado grupo, como por exemplo, mulheres, negros, LGBTs, idosos...Já foram feitas muitas discussões sobre a importância de termos equipes diversas (para a sociedade e para os negócios), então não podemos mais admitir qualquer tipo de atitude que bloqueie a inclusão, que impeça a sensação de pertencimento porque é isto que faz a diferença e não a quantidade de negros, mulheres LGBTs ou idosos que temos na folha de pagamento.
De 10 treinamentos a serem realizados pelas organizações, apenas dois tratam de competências socioemocionais. Todas as dificuldades de mudanças apontadas acima não são por falta de conhecimento técnico, não é mesmo? As competências técnicas são importantes, mas precisamos ampliar nosso olhar, não podemos focar apenas no curto prazo e ensinar habilidades que preparem os funcionários para entregas do aqui e agora. É preciso pensar no caminho que ainda precisamos trilhar até o futuro e elas exigem habilidades socioemocionais.
Não é simples fazer as mudanças necessárias, mas elas são urgentes. E precisamos assumir o nosso papel neste grande processo porque empresas são feitas por pessoas. Quando falamos que as empresas não estão mudando, estamos dizendo que nós, profissionais, não estamos fazendo diferente.
Projetar a organização preparada para este Futuro do Trabalho é uma tarefa difícil e marcada por tentativa e erro, já que não existe um caminho certo – e muito menos um único. Não somos obrigados a acertar tudo de primeira, mas somos obrigados a agir diferente, a fazer as coisas acontecerem e consertar rapidamente o que não está na diretriz correta. E também somos obrigados a celebrar as conquistas, porque somos capazes de grandes feitos! Se você ficou interessado em conhecer na íntegra a pesquisa “Empresas do Futuro” clique aqui!