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Salário menor também é culpa das mulheres, diz estudo

Dificuldade feminina em negociar benefício inicial foi provada cientificamente por pesquisadores de universidade australiana e pode explicar abismo salarial entre gêneros

Diferença entre salários de CEOs homens e mulheres chega a 42%, de acordo com levantamento da Mercer, publicado em setembro (Getty Images)

Camila Pati

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 09h00.

São Paulo – Discriminação, maternidade e diferença de gênero não são os únicos fatores determinantes para a diferença na conta bancária no fim do mês na conta corrente de homens e mulheres .

Se um profissional do sexo masculino que ocupa um cargo de CEO ganha um salário de R$ 64.776, e, uma mulher, R$ 45.653 na mesma função, de acordo com levantamento da Mercer, divulgado em setembro, a culpa também é feminina.

Pelo menos é que sugere uma pesquisa recente, publicado pelo National Bureau of Economic Research, nos Estados Unidos, conduzida por estudiosos da Monash University, na Australia.

Segundo o estudo, o abismo entre os rendimentos de homens e mulheres existe também por conta da dificuldade das mulheres em negociar o salário inicial com seus empregadores.

A constatação é empírica. Para desvendar o porquê da diferença que assombra as profissionais, foram publicados dois anúncios de emprego nos mais renomados jornais de 9 cidades dos Estados Unidos.

Um deles deixava explícita a possibilidade de discussão do salário. No outro, esta mesma informação foi apresentada de forma ambígua. Resultado: as mulheres que se candidataram aos anúncios só se sentiam mais à vontade em negociar um benefício maior se esta possibilidade estava clara.

Por outro lado, os homens não se sentiram intimidados e negociaram o valor dos rendimentos mesmo quando os possíveis empregadores não propunham esta conversa desde o início.

A partir dos dados colhidos pelos pesquisadores, a conclusão é que um pouco mais de coragem para discutir o valor do salário pode se traduzir em um extrato bancário mais animador no fim do mês.

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Pelo menos é que sugere uma pesquisa recente, publicado pelo National Bureau of Economic Research, nos Estados Unidos, conduzida por estudiosos da Monash University, na Australia.

Segundo o estudo, o abismo entre os rendimentos de homens e mulheres existe também por conta da dificuldade das mulheres em negociar o salário inicial com seus empregadores.

A constatação é empírica. Para desvendar o porquê da diferença que assombra as profissionais, foram publicados dois anúncios de emprego nos mais renomados jornais de 9 cidades dos Estados Unidos.

Um deles deixava explícita a possibilidade de discussão do salário. No outro, esta mesma informação foi apresentada de forma ambígua. Resultado: as mulheres que se candidataram aos anúncios só se sentiam mais à vontade em negociar um benefício maior se esta possibilidade estava clara.

Por outro lado, os homens não se sentiram intimidados e negociaram o valor dos rendimentos mesmo quando os possíveis empregadores não propunham esta conversa desde o início.

A partir dos dados colhidos pelos pesquisadores, a conclusão é que um pouco mais de coragem para discutir o valor do salário pode se traduzir em um extrato bancário mais animador no fim do mês.

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