Salário menor também é culpa das mulheres, diz estudo
Dificuldade feminina em negociar benefício inicial foi provada cientificamente por pesquisadores de universidade australiana e pode explicar abismo salarial entre gêneros
Camila Pati
Publicado em 9 de novembro de 2012 às 09h00.
São Paulo – Discriminação, maternidade e diferença de gênero não são os únicos fatores determinantes para a diferença na conta bancária no fim do mês na conta corrente de homens e mulheres .
Se um profissional do sexo masculino que ocupa um cargo de CEO ganha um salário de R$ 64.776, e, uma mulher, R$ 45.653 na mesma função, de acordo com levantamento da Mercer, divulgado em setembro, a culpa também é feminina.
Pelo menos é que sugere uma pesquisa recente, publicado pelo National Bureau of Economic Research, nos Estados Unidos, conduzida por estudiosos da Monash University, na Australia.
Segundo o estudo, o abismo entre os rendimentos de homens e mulheres existe também por conta da dificuldade das mulheres em negociar o salário inicial com seus empregadores.
A constatação é empírica. Para desvendar o porquê da diferença que assombra as profissionais, foram publicados dois anúncios de emprego nos mais renomados jornais de 9 cidades dos Estados Unidos.
Um deles deixava explícita a possibilidade de discussão do salário. No outro, esta mesma informação foi apresentada de forma ambígua. Resultado: as mulheres que se candidataram aos anúncios só se sentiam mais à vontade em negociar um benefício maior se esta possibilidade estava clara.
Por outro lado, os homens não se sentiram intimidados e negociaram o valor dos rendimentos mesmo quando os possíveis empregadores não propunham esta conversa desde o início.
A partir dos dados colhidos pelos pesquisadores, a conclusão é que um pouco mais de coragem para discutir o valor do salário pode se traduzir em um extrato bancário mais animador no fim do mês.
São Paulo – Discriminação, maternidade e diferença de gênero não são os únicos fatores determinantes para a diferença na conta bancária no fim do mês na conta corrente de homens e mulheres .
Se um profissional do sexo masculino que ocupa um cargo de CEO ganha um salário de R$ 64.776, e, uma mulher, R$ 45.653 na mesma função, de acordo com levantamento da Mercer, divulgado em setembro, a culpa também é feminina.
Pelo menos é que sugere uma pesquisa recente, publicado pelo National Bureau of Economic Research, nos Estados Unidos, conduzida por estudiosos da Monash University, na Australia.
Segundo o estudo, o abismo entre os rendimentos de homens e mulheres existe também por conta da dificuldade das mulheres em negociar o salário inicial com seus empregadores.
A constatação é empírica. Para desvendar o porquê da diferença que assombra as profissionais, foram publicados dois anúncios de emprego nos mais renomados jornais de 9 cidades dos Estados Unidos.
Um deles deixava explícita a possibilidade de discussão do salário. No outro, esta mesma informação foi apresentada de forma ambígua. Resultado: as mulheres que se candidataram aos anúncios só se sentiam mais à vontade em negociar um benefício maior se esta possibilidade estava clara.
Por outro lado, os homens não se sentiram intimidados e negociaram o valor dos rendimentos mesmo quando os possíveis empregadores não propunham esta conversa desde o início.
A partir dos dados colhidos pelos pesquisadores, a conclusão é que um pouco mais de coragem para discutir o valor do salário pode se traduzir em um extrato bancário mais animador no fim do mês.