Por que você não precisa de diploma para trabalhar na IBM
Cerca de um terço dos funcionários da IBM não se formaram na universidade
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 14h00.
Última atualização em 6 de janeiro de 2017 às 14h00.
Em uma carta aberta a Donald Trump, próximo presidente dos EUA, a CEO da IBM, Ginni Rometty, falou sobre a companhia e sua visão de futuro. “Escrevo como líder da maior empresa de tecnologia do país”, disse.
Sua principal dica para o progresso econômico americano é educar jovens para que tenham as habilidades necessárias para o mundo de trabalho do futuro. É uma categoria que ela chama de empregos “’new collar’”, algo como ‘novo colarinho’, e que não exigem necessariamente formar-se na universidade – algo evidente nos cerca de 30% dos funcionários da IBM que não têm uma graduação completa.
Hoje em dia, os termos mais conhecidos para se referir aos diversos tipos de trabalhadores são blue collars (“colarinho azul”, um jeito informal de falar sobre trabalhadores manuais) e white collars (“colarinho branco”, para executivos e burocratas do governo). O novo colarinho proposto pela executiva não tem cor, mais tem espaço: “São papeis totalmente novos em áreas como cibersegurança, ciência de dados, inteligência artificial e negócios cognitivos”.
Ao Quartz, Sam Ladah, vice-presidente de recursos humanos da IBM , contou que entre 10 e 15% dos novos contratados da empresa não têm diploma universitário. “O que importa para nós são as habilidades relevantes, às vezes obtidas através de treinamentos vocacionais”, escreveu Rometty.
Uma das formas de promover tais “habilidades relevantes”, segundo a executiva, é através de reformas no currículo escolar – ideia que o Fórum Econômico Mundial já tinha apontado em seu relatório sobre o futuro do mercado de trabalho, e que também tem sido discutida no Brasil.A IBM, que apoiou uma escola modelo há cinco anos, já contratou seus primeiros formandos de lá – e promete mais 100 projetos do tipo pelo país nos próximos anos.
Outro jeito de adquirir essas habilidades – que são principalmente tecnológicas – é através de treinamentos e bootcamps, aulas intensivas de até três meses e que já atraem milhares de interessados em ampliar suas oportunidades.
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- Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar