Por que esta mulher se arrependeu de trocar os amigos por um trabalho no Alasca?
Carreira nem sempre deve ser colocado em primeiro lugar a depender das condições de trabalho
Redação Exame
Publicado em 11 de novembro de 2024 às 09h42.
Sophie Carlisle estudou artes durante a pandemia e estava preocupada com o mercado de trabalho. Seu receito de ficar desempregada após a formatura a fez encontrar um grupo de amigos para buscar estabilidade emocional.
"Meus amigos ajudaram a aliviar o medo do desemprego após a formatura, mas não conseguiram evitá-lo completamente. Escolhi trabalhar em vários empregos simultaneamente enquanto era um estudante em tempo integral. Até me formei um ano antes para poder, idealmente, entrar no mercado de trabalho e evitar o destino assustador do desemprego", disse ela ao Business Insider.
Perto da formatura, surgiu uma oportunidade de fazer um estágio no Alasca. Os amigos recomendaram não aceitar a oferta porque entenderam que Sophie queria o trabalha por motivos errados - principalmente, por medo.
Sem amigos no Alasca
Sophie não ouviu os amigos e mudou-se para o Alasca. No processo, perdeu alguns amigos também.
"Quando estava na faculdade, não conseguia superar a volatilidade do mercado de trabalho. Parecia que a instabilidade no emprego seria a nova norma para minha geração ", falou ao BI.
Sophie diz que os primeiros dias no Alasca foram "emocionantes e divertidos", mas isso rapidamente mudou.
"Os longos dias de inverno, a diferença de fuso horário e o isolamento ressaltaram o quão longe eu estava das pessoas que eu amava. Tentei me conectar com meus amigos à distância, mas foi difícil. Cada aniversário e passeio de sábado à noite que eu perdia me afastava ainda mais deles", lembra.
Para piorar as coisas, seu trabalho era mentalmente desgastante."Embora eu tenha aprendido informações valiosas sobre a carreira que escolhi, a tensão mental do trabalho me fez perder o amor pelo caminho que escolhi ", lembra.
Sophie então aceitou outro emprego e ficou com vergonha em admitir que os amigos estavam certos desde o início. "Por causa do meu constrangimento, procurei meus amigos em casa cada vez menos. Logo, parei de contatá-los completamente. Com o tempo, eles também pararam de procurar", diz ao BI.
Trabalhar não é tudo
Depois de deixar o Alasca, ela disse que aprendeu uma valiosa lição: trabalhar não é tudo. Depois dessa experiência, ela diz que agora entendeu o que é "priorizar as coisas importantes da vida — como estar junto de pessoas queridas".
Em seu novo emprego, Sophie reserva um tempo toda semana para sair com novos amigos. Ela até conseguiu se reconectar com os antigos.