Para estas profissões há vagas e salários de até R$10 mil
Confira quem são os profissionais que, mesmo com a crise, conseguem se recolocar mais rápido no mercado
Camila Pati
Publicado em 3 de setembro de 2015 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h33.
São Paulo – Com vagas em baixa e processos de contratação mais demorados ou mesmo postergados por conta do mau momento da economia brasileira, encontrar emprego tem levado mais tempo. Cargos de gerência e diretoria têm sido afetados pela crise, além de posições operacionais. “Profissionais do meio da pirâmide e também da base estão sofrendo mais”, diz Ricardo Ribas, gerente da Page Personnel. Em meio a este cenário desanimador, uma boa notícia: profissionais que têm atuação voltada a corte de custos, ganho de eficiência ou com atuação generalista são aqueles em que a recolocação no mercado é mais rápida. As informações partem de levantamento realizado pela Page Personnel, especializada em recrutamento de profissionais técnicos e de suporte à gestão. Quem trabalha na área de marketing digital também sente menos a crise, já que há migração de investimentos de marketing em canais off-line para online. “Além disso, há poucos profissionais com formação e conhecimento na área de marketing digital no Brasil já que nos últimos anos muitas empresas vieram para cá e contrataram grande número de profissionais”, diz Ribas. Confira os cargos que estão surpreendendo e os salários oferecidos.
Área:marketing Setor: multinacionais de tecnologia para segmento de publicidade e marketing digital. O que faz: prospecção e relacionamento com agências de publicidade e empresas. Realiza venda consultiva de ações de publicidade e marketing aliadas a tecnologia que permite a mensuração concreta da assertividade dos resultados. Por que é mais procurado: a divulgação de informações, produtos e serviços é indissociável da tecnologia, que possibilita a mensuração precisa do impacto no público alvo. Mercado ainda é carente de profissionais. Salário: de 5 mil reais e 8 mil reais
Área: marketing. Setor: empresas de qualquer segmento que tenham uma estratégia online. O que faz: desenvolve, executa e mede resultados da estratégia online. Está em contato com agências de publicidade e é um profissional que conhece ferramentas como Google Adwords, Google analytics, SEO, SEM, CRM, entre outros. Por que é mais procurado: investir na área digital é importante para se aproximar do público alvo “O retorno do marketing digital é maior e de curto prazo para o cliente final. Além disso, investir em mídia digital é mais barato do que investir em televisão e outros canais off-line”, diz Ricardo Ribas, gerente-executivo da Page Personnel. Salário: de 4 mil reais a 6 mil reais.
Área: finanças. Setor: empresas de bens de consumo são as que mais estão contratando este profissional. O que faz: elabora e acompanha o orçamento da empresa, consolida resultados no balanço final da empresa. Também pode atuar como parceiro de negócios financeiro em áreas específicas como vendas, marketing, RH em empresas de maior porte. As melhores oportunidades exigem alta capacidade de comunicação e inglês avançado ou fluente. Por que é mais procurado: empresas estão substituindo profissionais e corrigindo erros de contratações realizadas nos anos anteriores e que tiveram impacto negativo nos resultados de 2014/15. Profissional é visto como “coringa” para áreas de planejamento e controladoria e está em contato direto com áreas de custos, vendas, relações com investidores e planejamento estratégico. Por isso, é visto como bom investimento em tempos de crise. Salário: de 6 mil reais a 9 mil reais.
Área: tecnologia da informação. Setor: empresas nacionais e multinacionais de grande, médio ou pequeno porte. O que faz: responsável pela área de TI da empresa, faz a gestão de profissionais e projetos. Promove melhorias na estrutura e em alguns casos pode se envolver na operação. Por que é mais procurado: “empresas estão somando cadeiras em uma só, por isso o aspecto generalista é bom para o profissional”, diz Ricardo Ribas, gerente da Page Personnel. Coordenador é valorizado por ser alguém, ao mesmo tempo, capaz de gerir e participar da operação. Salário: de 8 mil a 10 mil reais.
Área: engenharia e manufatura. Setor: industrial. O que faz: manutenção preventiva e corretiva de equipamentos e máquinas industriais. Por que é mais procurado: com menos investimentos na aquisição de máquinas e equipamentos, geralmente negociados em dólar, as empresas estão mantendo parques fabris. Com isso, há necessidade de técnicos para manutenção das máquinas em funcionamento. Salário: de 3,5 mil reais a 7 mil reais.
Área: logística. Setor: indústria, varejo ou serviços. O que faz: compras de materiais diretos ou indiretos ou também pode atuar na contratação de serviços. Por que é mais procurado: a busca de mais eficiência na área de logística valoriza este profissional que já era bastante procurado no mercado de trabalho brasileiro. Salário: de 6 mil reais a 10 mil reais.
Área: secretariado. Setor: corporativo. O que faz: gestão de agenda, organização de reuniões, traduções, reserva de salas, contato com clientes, logística de viagem e assessoria particular. Por que é mais procurado: profissionais mais experientes e com altos salários estão sendo substituídos por pessoas em início de carreira. “É uma questão de custo, profissionais de nível sênior recebiam salários de 15 mil reais a 20 mil reais”, diz Ricardo Ribas, gerente de Page Personnel. Salário: de 3 mil reais e 4 mil reais.
Área: vendas. Setor: indústrias de bens de consumo. O que faz: coordena equipe de vendas para médias contas do varejo. Por que é mais procurado: mudança no perfil do profissional da área de vendas impulsiona substituições. Sai o “tirador de pedido” e entram em cena profissionais estratégicos consultivos e criativos, com visão de negócio e boa capacidade de negociação. Salário: de 4 mil reais a 6 mil reais.
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