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Os jargões mais usados por executivos de consultorias

Se você acha que ‘on the beach’ é estar no litoral, melhor atualizar seu vocabulário executivo a.s.a.p. - quer dizer, imediatamente!

Executivos: as conversas nos círculos profissionais podem causar certo estranhamento em quem é novato nessas rodas (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 08h46.

São Paulo - Toda profissão tem seus jargões corporativos próprios: aqueles termos e expressões que só os iniciados entendem e empregam corretamente. De tempos em tempos, algumas palavras mudam e outras permanecem invictas.

No mundo da consultoria não é diferente. Por isso mesmo, as conversas nos círculos profissionais podem causar certo estranhamento em quem é novato nessas rodas.

O bacana de algumas dessas expressões é que, além de transmitirem a sensação de identidade de grupo, também designam práticas específicas de cada área. Entre os consultores, on the beach (no original em inglês), ou “na praia” (em tradução também bastante utilizada), é um desses termos que dizem bastante sobre como é a rotina de trabalho em uma consultoria.

A gente explica: se a função da consultoria é solucionar problemas que uma empresa não consegue resolver sozinha, os problemas desse cliente se transformam em um projeto para o qual é separada uma equipe de consultores. Espera-se deles uma dedicação intensa – inclusive, em muitos casos, o consultor passa grande parte do tempo dentro do escritório do próprio cliente.

É no intervalo entre os projetos, quando o consultor não está associado a nenhuma equipe específica, que vale a expressão. Ele está na praia.

Esse período, de duração variada, não costuma significar tempo passado à beira mar, ao contrário do que o nome indica. O que se espera de um profissional entre projetos, no entanto, varia de acordo com a cultura empresarial de cada consultoria.

Descanso e desenvolvimento “Estar na praia é uma ótima oportunidade para duas atividades extremamente importantes: descanso e desenvolvimento”, explica Elisa Carra, diretora de RH do escritório brasileiro da tradicional consultoria EY (Ernst & Young), uma das 25 melhores empresas para se trabalhar no mundo segundo o Instituto Great Place to Work.

“Neste período, é importante que o profissional possa recarregar suas energias e descansar, especialmente depois de longos projetos”, diz, mas lembra que a expectativa é de que o funcionário também busque novos conhecimentos ou desenvolva novas oportunidades de negócios. “Esse tempo pode ser proveitoso para a empresa e para o profissional”, conclui.

Segundo Daniela Anderez, sócia-associada da enorme McKinsey & Company, a consultoria americana também busca o engajamento dos seus profissionais. “Consultores on the beach são alocados em projetos internos ou em um de nossos grupos voltados a funções ou indústrias, auxiliando em atividades como propostas ou produção de conhecimento”, ela relata.

E assim é o dia a dia do consultor até o próximo ciclo de alocação de consultores – na filial brasileira, esse prazo é de duas semanas. Caso algum cliente apresente uma demanda urgente, no entanto, pode ocorrer uma realocação imediata.

Por isso, se engana quem pensa que esse período na praia vale como férias fora de época. “Os consultores devem estar no escritório na maior parte do tempo ou facilmente acessíveis, disponíveis para se apresentar no escritório em uma hora após serem contatados”, explica Daniela. Para ela, a empresa espera uma atitude proativa do consultor nesse período, o que pode significar um envolvimento em áreas ou temas em que tenha interesse, “em vez de ficar esperando o próximo projeto de forma passiva”.

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São Paulo - Toda profissão tem seus jargões corporativos próprios: aqueles termos e expressões que só os iniciados entendem e empregam corretamente. De tempos em tempos, algumas palavras mudam e outras permanecem invictas.

No mundo da consultoria não é diferente. Por isso mesmo, as conversas nos círculos profissionais podem causar certo estranhamento em quem é novato nessas rodas.

O bacana de algumas dessas expressões é que, além de transmitirem a sensação de identidade de grupo, também designam práticas específicas de cada área. Entre os consultores, on the beach (no original em inglês), ou “na praia” (em tradução também bastante utilizada), é um desses termos que dizem bastante sobre como é a rotina de trabalho em uma consultoria.

A gente explica: se a função da consultoria é solucionar problemas que uma empresa não consegue resolver sozinha, os problemas desse cliente se transformam em um projeto para o qual é separada uma equipe de consultores. Espera-se deles uma dedicação intensa – inclusive, em muitos casos, o consultor passa grande parte do tempo dentro do escritório do próprio cliente.

É no intervalo entre os projetos, quando o consultor não está associado a nenhuma equipe específica, que vale a expressão. Ele está na praia.

Esse período, de duração variada, não costuma significar tempo passado à beira mar, ao contrário do que o nome indica. O que se espera de um profissional entre projetos, no entanto, varia de acordo com a cultura empresarial de cada consultoria.

Descanso e desenvolvimento “Estar na praia é uma ótima oportunidade para duas atividades extremamente importantes: descanso e desenvolvimento”, explica Elisa Carra, diretora de RH do escritório brasileiro da tradicional consultoria EY (Ernst & Young), uma das 25 melhores empresas para se trabalhar no mundo segundo o Instituto Great Place to Work.

“Neste período, é importante que o profissional possa recarregar suas energias e descansar, especialmente depois de longos projetos”, diz, mas lembra que a expectativa é de que o funcionário também busque novos conhecimentos ou desenvolva novas oportunidades de negócios. “Esse tempo pode ser proveitoso para a empresa e para o profissional”, conclui.

Segundo Daniela Anderez, sócia-associada da enorme McKinsey & Company, a consultoria americana também busca o engajamento dos seus profissionais. “Consultores on the beach são alocados em projetos internos ou em um de nossos grupos voltados a funções ou indústrias, auxiliando em atividades como propostas ou produção de conhecimento”, ela relata.

E assim é o dia a dia do consultor até o próximo ciclo de alocação de consultores – na filial brasileira, esse prazo é de duas semanas. Caso algum cliente apresente uma demanda urgente, no entanto, pode ocorrer uma realocação imediata.

Por isso, se engana quem pensa que esse período na praia vale como férias fora de época. “Os consultores devem estar no escritório na maior parte do tempo ou facilmente acessíveis, disponíveis para se apresentar no escritório em uma hora após serem contatados”, explica Daniela. Para ela, a empresa espera uma atitude proativa do consultor nesse período, o que pode significar um envolvimento em áreas ou temas em que tenha interesse, “em vez de ficar esperando o próximo projeto de forma passiva”.

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