O caminho certo para tratar de erros no trabalho
De acordo com especialistas, profissionais devem admitir as próprias falhas e elaborar previamente soluções para remediá-las
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2011 às 14h15.
São Paulo – Errar é humano. É a frase clichê de consolo quando uma pessoa falha. Mas o que é realmente recomendável fazer quando você se encontra em tal situação no ambiente de trabalho? E há uma melhor maneira de contar?
Para Edward Yang, professor do Master em Liderança e Gestão de Pessoas do MBA da FGV-SP, é importante que o profissional caracterize o erro. O que pode ser considerado uma falha e o que foi uma tentativa fracassada?
Quando você se encontra em uma posição em que os protocolos não são tão rígidos, em que seu trabalho não está ligado a produtividade e sim a um processo de criação, por exemplo, o erro foi uma tentativa. Foi uma forma de aprendizado.
Quando o erro é cometido por alguma desatenção e não por falta de treinamento ou instrução, aí cabe você se responsabilizar pelo seu ato.
Se você trabalha em determinadas condições, regras e metas, o erro gera uma consequência altíssima. Esse erro pode envolver desde risco de vida a risco negócio. Aí é uma situação em que as empresas determinam como erros graves e leva a demissão.
De acordo com os especialistas, a compreensão sobre o erro leva a uma solução mais rápida e sensata.
O que fazer?
Contar. Omitir jamais. Nunca relativize o problema, como se a falha não fosse acarretar em nenhuma consequência. Se você tiver consciência de como remediar o erro, corra atrás e resolva.
Independente se alguém sabe do que aconteceu ou não, a regra número um é contar. Expor o que aconteceu para os colegas e para empresa, demonstra maturidade. A experiência nos mostra que uma falha cria uma sucessão de erros, e que uma pessoa nunca comete um erro sozinha.
Quando você assume uma tarefa, um projeto, você também já está assumindo as consequências, então você tem que honrar e ter postura.
Como contar?
Observe a política da companhia em casos de falhas. Quando a empresa e os chefes têm uma linha rígida e uma cultura mais conservadora, o risco da punição aumenta.
Por isso, Janaína Ferreira Alves, coordenadora acadêmica da pós-graduação do Ibmec – Rio de Janeiro e especialista em Gestão de Carreiras e de Pessoas, recomenda que o profissional fale primeiro com um ou dois colegas de trabalho confiáveis e que também sejam mais experientes. Essa atitude ajudará o profissional a planejar os próximos passos.
Assumir o erro é uma forma de estabelecer confiança com os colegas de trabalho e com a empresa. A sua credibilidade vai por água a baixo quando o erro é omitido e depois ele vem à tona. E, pior, nesses casos, a demissão por justa causa pode se tornar mais palpável – dependendo do grau da falha.
Conte de forma clara e objetiva e não se prenda às justificativas. É importante explicar o contexto em que gerou o erro. Mas mais importante do que isso: indique opções de solução. “Jamais vá sem ter uma solução. E se a solução depende de outras pessoas, avise previamente”, ensina Yang.
São Paulo – Errar é humano. É a frase clichê de consolo quando uma pessoa falha. Mas o que é realmente recomendável fazer quando você se encontra em tal situação no ambiente de trabalho? E há uma melhor maneira de contar?
Para Edward Yang, professor do Master em Liderança e Gestão de Pessoas do MBA da FGV-SP, é importante que o profissional caracterize o erro. O que pode ser considerado uma falha e o que foi uma tentativa fracassada?
Quando você se encontra em uma posição em que os protocolos não são tão rígidos, em que seu trabalho não está ligado a produtividade e sim a um processo de criação, por exemplo, o erro foi uma tentativa. Foi uma forma de aprendizado.
Quando o erro é cometido por alguma desatenção e não por falta de treinamento ou instrução, aí cabe você se responsabilizar pelo seu ato.
Se você trabalha em determinadas condições, regras e metas, o erro gera uma consequência altíssima. Esse erro pode envolver desde risco de vida a risco negócio. Aí é uma situação em que as empresas determinam como erros graves e leva a demissão.
De acordo com os especialistas, a compreensão sobre o erro leva a uma solução mais rápida e sensata.
O que fazer?
Contar. Omitir jamais. Nunca relativize o problema, como se a falha não fosse acarretar em nenhuma consequência. Se você tiver consciência de como remediar o erro, corra atrás e resolva.
Independente se alguém sabe do que aconteceu ou não, a regra número um é contar. Expor o que aconteceu para os colegas e para empresa, demonstra maturidade. A experiência nos mostra que uma falha cria uma sucessão de erros, e que uma pessoa nunca comete um erro sozinha.
Quando você assume uma tarefa, um projeto, você também já está assumindo as consequências, então você tem que honrar e ter postura.
Como contar?
Observe a política da companhia em casos de falhas. Quando a empresa e os chefes têm uma linha rígida e uma cultura mais conservadora, o risco da punição aumenta.
Por isso, Janaína Ferreira Alves, coordenadora acadêmica da pós-graduação do Ibmec – Rio de Janeiro e especialista em Gestão de Carreiras e de Pessoas, recomenda que o profissional fale primeiro com um ou dois colegas de trabalho confiáveis e que também sejam mais experientes. Essa atitude ajudará o profissional a planejar os próximos passos.
Assumir o erro é uma forma de estabelecer confiança com os colegas de trabalho e com a empresa. A sua credibilidade vai por água a baixo quando o erro é omitido e depois ele vem à tona. E, pior, nesses casos, a demissão por justa causa pode se tornar mais palpável – dependendo do grau da falha.
Conte de forma clara e objetiva e não se prenda às justificativas. É importante explicar o contexto em que gerou o erro. Mas mais importante do que isso: indique opções de solução. “Jamais vá sem ter uma solução. E se a solução depende de outras pessoas, avise previamente”, ensina Yang.