Nova Zelândia dificultará obtenção de visto de trabalho após imigração recorde
Para a ministra da Imigração, Erica Stanford, a ideia é colocar os neozelandeses 'na frente da fila'
Redatora
Publicado em 9 de abril de 2024 às 06h32.
A Nova Zelândia dificultará a obtenção do visto para alguns imigrantes devido ao fato de que o país alcançou níveis 'insustentáveis' de migração. De acordo com o site Stats NZ, no ano passado, foram recebidos no país 173 mil cidadãos não neozelandeses.
Agora, quem quiser obter um visto de trabalho temporário para a Nova Zelândia terá que passar por crivos de linguagem e de habilidades. A ideia é "testar melhor o mercado de trabalho local e reduzir os riscos de deixar neozelandeses sem emprego", afirmou a ministra da Imigração, Erica Stanford, no domingo.
As mudanças incluem requerimentos ligados à comprovação de conhecimentos da língua inglesa para empregos mais simples e o estabelecimento de limites relacionados a habilidades e experiência para a obtenção do visto. Além disso, a estadia máxima para esses trabalhos será reduzida de cinco para três anos.
A medida é uma resposta à rápida migração para a Nova Zelândia que o país experimenta desde o fim da pandemia. Com a chegada de milhares de imigrantes, foram levantadas preocupações de que a inflação estaria crescendo, com documentos do Banco Central nacional buscando possíveis ligações entre os índices de migração e a inflação sendo inconclusivo.
Assim, antes de contratar um imigrante, o empregador precisará declarar que nenhum neozelandês adequado para a vaga se candidatou antes que ela seja oferecida a um estrangeiro. Segundo o ministério dos Negócios, Inovação e Emprego, eles deverão explicar ainda o porquê de nenhum neozelandês que aplicou para o posto não ter sido contratado. Alguns setores serão isentos desse tipo de explicação.
De acordo com Stanford, é necessário garantir que "neozelandeses sejam colocados na frente da fila" para empregos em que não haja escassez. A ideia é proteger os cidadãos nativos da Nova Zelândia em relação aos imigrantes, assegurando que estes não ocupem vagas que neozelandeses pudessem ocupar.