Na entrevista, posso contar que quero ter um filho em breve?
Esse foi o dilema de Patricia Maschio, de 37 anos, foi convidada para assumir a direção-geral da iProspect
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2012 às 16h07.
Questão de carreira
Falar, durante uma entrevista de emprego, sobre a intenção de ter o segundo filho em breve.
O dilema
No fim de 2010, a analista de sistemas Patricia Maschio, de 37 anos, foi convidada para assumir a direção-geral da iProspect, agência de buscas do grupo Aegis.
Para Patricia, que direcionou a carreira para a publicidade, tratavase de uma grande oportunidade de crescimento. Porém, estava diante de uma questão que incomoda muitas empresas: a intenção de engravidar.
Na época do convite, ela planejava sua segunda gravidez. O que fazer? Correr o risco de não pegar o emprego ou ser sincera e revelar a vontade de ter um bebê em breve?
A decisão
"Foi uma conversa muito difícil, daquelas que dão frio na barriga. Você recebe uma proposta importante, que vai mudar o rumo de sua carreira, e, antes de qualquer coisa, cria uma barreira.
Sabia que poderia perder a vaga ao contar o meu plano de engravidar naquele mesmo ano, mas não podia deixar de falar isso para a pessoa que estava me oferecendo uma oportunidade e que, de certa forma, estava confiando em mim.
Não seria correto. Ela tinha de estar ciente de que poderia contar comigo durante um período inicial, mas teria de ter um plano B durante minha licençamaternidade. Estava preparada para um "não", mas, para minha surpresa, a empresa aceitou minha condição e me contratou.
A única exigência foi que eu deixasse tudo bem planejado para que o meu afastamento não prejudicasse o andamento da agência.
Foi o que aconteceu: tive meu segundo filho depois de um ano de empresa e deixei tudo estruturado, com a criação de novos processos e a definição do papel e das responsabilidades de cada um.
Questão de carreira
Falar, durante uma entrevista de emprego, sobre a intenção de ter o segundo filho em breve.
O dilema
No fim de 2010, a analista de sistemas Patricia Maschio, de 37 anos, foi convidada para assumir a direção-geral da iProspect, agência de buscas do grupo Aegis.
Para Patricia, que direcionou a carreira para a publicidade, tratavase de uma grande oportunidade de crescimento. Porém, estava diante de uma questão que incomoda muitas empresas: a intenção de engravidar.
Na época do convite, ela planejava sua segunda gravidez. O que fazer? Correr o risco de não pegar o emprego ou ser sincera e revelar a vontade de ter um bebê em breve?
A decisão
"Foi uma conversa muito difícil, daquelas que dão frio na barriga. Você recebe uma proposta importante, que vai mudar o rumo de sua carreira, e, antes de qualquer coisa, cria uma barreira.
Sabia que poderia perder a vaga ao contar o meu plano de engravidar naquele mesmo ano, mas não podia deixar de falar isso para a pessoa que estava me oferecendo uma oportunidade e que, de certa forma, estava confiando em mim.
Não seria correto. Ela tinha de estar ciente de que poderia contar comigo durante um período inicial, mas teria de ter um plano B durante minha licençamaternidade. Estava preparada para um "não", mas, para minha surpresa, a empresa aceitou minha condição e me contratou.
A única exigência foi que eu deixasse tudo bem planejado para que o meu afastamento não prejudicasse o andamento da agência.
Foi o que aconteceu: tive meu segundo filho depois de um ano de empresa e deixei tudo estruturado, com a criação de novos processos e a definição do papel e das responsabilidades de cada um.