Nelson Mandela (Chris Jackson/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 15h00.
Nelson Mandela, sem dúvida, é ícone humanista, da liberdade, da paz; luz que fez História. Diante de um evento histórico, você já ouviu falar sobre a palavra “estória”?
No dicionário Houaiss, “estória” data-se do século XIII e é o mesmo que “história”: narrativa de cunho popular e tradicional; história. Etimologicamente, ou seja, na origem, provém da forma inglesa “story”: narrativa, em prosa ou verso, fictícia ou não, com o objetivo de divertir/instruir o leitor, da forma latina “historia,ae”.
A questão é simples: a grafia “estória” é forma arcaica da própria Língua Portuguesa. Na época medieval, “estória” existiu ao lado de “istória”, quando ainda não havia grafia uniformizada para os nossos vocábulos – com invenções distintivas de significado. Houve ainda a forma intermediária “hestoria”.
Ainda sim, em 1919, o gramático João Ribeiro admitia o emprego de “estória” – ao lado de “história”.
No entanto, em 1943, com a vigência do nosso sistema gráfico, a Academia Brasileira de Letras eliminou tal distinção gráfica, recomendando o uso de “história” em qualquer situação: realidade ou ficção.
Retornando a Nelson Mandela, outro fato histórico marcará sua passagem na Terra: seu estilo de liderar um povo, sempre sendo exemplo. Gramaticalmente, as expressões que subentendem a ideia de “moda de”, a ideia de “maneira de” fazem o uso – respeitoso – do acento grave.
Terei a maior honra de, no futuro, ler frases como:
“Fulano governou a África do Sul à Mandela.” (à maneira de)
ou
“À Mandela, uniu povos de diferentes culturas.” (à moda de, à maneira de)
Nelson Mandela: cidadão do bem, homem de histórias belíssimas, gente que deixará, para sempre, uma maneira de liderar o mundo: dando bons exemplos.
Que outros líderes possam escrever histórias à Mandela!
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