Guarda-roupa de trabalho: o estilo ideal para 5 profissões
Segundo especialista, apostar em algumas peças básicas são solução para não perder a elegância e o bom senso na hora de se vestir para trabalhar
Talita Abrantes
Publicado em 30 de setembro de 2012 às 12h50.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h17.
São Paulo – Para se vestir bem no trabalho, não é preciso ter um guarda-roupa repleto de peças diferentes. Essa é a opinião de Milla Mathias, autora de livros como “Quem disse que você não tem nada para se vestir?” (Editora Matrix) e “Guia de estilo para candidatos (e para quem já está no poder)” (Editora Senac). “O guarda-roupa de trabalho tem que ser feito para não perder tempo”, afirma a especialista. Para isso, a regra é seguir uma lógica de uniforme: invista em peças básicas com cores neutras que possam ser coordenadas entre si. Tudo sem perder de vista o dress code ou tipo de roupa de escritório que vigora no ambiente de profissional que você atua. Pensando nisso, EXAME.com pediu à Milla para descrever o guarda-roupa básico de cinco profissões . Confira:
Segundo Milla, 15 camisas, quatro costumes e gravatas (estas sim em grande número) são suficientes para compor o guarda-roupa de um executivo . As cores dos costumes não devem fugir do azul marinho, cinza claro, médio e escuro. “O preto só se estiver em cargo de presidência ou diretoria”, afirma a especialista. No caso de camisas listradas: “Quanto mais social, mais fina a listra e sem contraste”, diz Milla. Para as mulheres, valem vestidos mais estruturados e sem decote – no máximo, com comprimentos quatro dedos acima do joelho. A lista do guarda-roupa pode conter duas saias, duas calças com cores mais neutras, dois blazers e dois terninhos. Além de oito camisas e oito blusas.
Engana-se quem pensa que o jaleco usado pelos médicos (e outros profissionais de saúde) é justificativa para não pensar com mais cuidado nas roupas de trabalho. E isso começa com a escolha dos tecidos que devem ser mais fluídos e “molengo”, como diz Milla. "Nada de peças estruturadas, pregas e babados”, afirma a especialista. Aposte em malhas, algodão sem elastano – “tecidos que caem naturalmente” e, com isso, não causam volume sob o jaleco. As cores devem ser mais neutras. A dica para profissionais de saúde é modelar seu guarda-roupa de acordo com o público que atende. Se o trabalho envolve classes menos abastadas, vale looks mais informais – sob o jaleco. Para outros níveis, valem roupas mais formais. Para os homens, no primeiro caso, a combinação de calças de algodão com corte de alfaiataria, camisas de manga longa ou camiseta gola polo e sapato de couro é uma boa pedida. Para as mulheres, são indicados vestidos, saias e calças de algodão combinadas com blusas mais informais. No segundo caso, calça de lã, camisa social e gravata, para os médicos, e calças alfaiataria, pantalonas e blusas em tecidos mais nobres, para as médicas.
Trabalhar em ambientes informais garante mais flexibilidade no guarda-roupa, mas isso não deve ser justificativa para ir trabalhar de pijama ou com a roupa da balada da noite anterior. “O ambiente é mais informal, mas ainda assim tem que passar credibilidade”, afirma a especialista. Para os homens, segundo Milla, valem calças de algodão (como jeans e sarja) com um corte de alfaiataria e cor escura. Camisas esportivas de manga longa (que podem ser dobradas nos dias mais quentes), camisa de gola polo e de gola careca são liberadas. Nem pensar em tênis de academia e camisetas de time de futebol. “Cuidado com as estampas engraçadinhas. A brincadeira pode estar mal escrita ou ser ofensiva”, diz. Para as mulheres, saias, calças e vestidos em tecidos mais casuais estão liberadas. “As camisas podem ser mais vivas e descontraídas”, diz. Na lista de itens para limar do guarda-roupa estão decotes, blusas e vestidos tomara que caia ou que deixem o ombro a mostra, saias muito justas ou com fendas, unhas por fazer, transparências e maquiagem muito forte.
O “dress code” varia de acordo com o porte do escritório. Nos de pequeno e médio porte, os advogados podem usar trajes mais informais nos dias que não tiver que ir ao fórum. Nos dias de audiência e outros compromissos mais formais, a regra é apostar em vestimentas mais conservadoras. Nos de grande porte, não dá para fugir do formal. Aos homens, paletó e gravata. Para as mulheres tailleur, terninho, blusa e camisa. Com cores fechadas, sempre.
“Se ele atua em corretoras, atrás da mesa de operações e não precisa lidar com clientes, pode ir de uma maneira mais informal”, diz Milla. Mas, durante os encontros com clientes, a regra é apostar no costume e na gravata. Por se tratar de um ambiente mais masculino, as mulheres devem escolher roupas e cores mais sérias. “Cuidado com o decote, ombro de fora e cabelo muito esvoaçante”, afirma Milla.