Fazer ou não intercâmbio? Veja o que diz Sofia Esteves
"Decisão que deve ser muito bem pensada e planejada", diz Sofia Esteves. Confira como não fazer do intercâmbio desperdício de tempo e de dinheiro
Camila Pati
Publicado em 13 de novembro de 2017 às 19h00.
Última atualização em 13 de novembro de 2017 às 19h00.
Uma experiência internacional ajuda a compor pontos importantes de desenvolvimento, mas é fundamental que esteja atrelada a uma estratégia profissional para que seja bem aproveitada. Se você não tem clareza dos seus objetivos tanto profissionais como de vida, pode ser desperdício de tempo e de dinheiro. Por isso essa é uma decisão que deve ser muito bem pensada e planejada.
Para quem já traçou planos de cruzar fronteiras ou atravessar o oceano é muito importante estar preparado para sair da zona de conforto (longe da família), portanto, explore antecipadamente a cultura local. A melhor maneira de fazer isso é conversando com pessoas que já tenham feito intercâmbio para o País escolhido ou tenham estudado na instituição que você optou. A prática do intercâmbio é muito valiosa e ajuda a ampliar os horizontes de quem se lança a esse desafio, pois ajuda a encarar desafios e situações com mais maturidade e flexibilidade.
Vale lembrar que essa é uma experiência muito positiva seja qual for a sua idade. Também vale dizer que não há tempo mínimo ou máximo para o intercâmbio: tudo vai depender dos seus objetivos. E se vale um conselho, evite o contato com brasileiros, busque absorver a cultura local. Por exemplo, se o objetivo do intercâmbio é para aprender um idioma, você só atingirá plenamente seu propósito se falar e conviver com pessoas locais.
Intercâmbio remunerado ou in company: como funciona?
Quando uma empresa oferece um intercâmbio remunerado ou “in company” a um funcionário significa que ela tem interesse em investir no desenvolvimento desse profissional, visando um plano de carreira dentro da organização. Normalmente, a política de muitas empresas exige que o funcionário permaneça determinado tempo na organização, após concluir o curso.
Mesmo que a empresa seja a responsável pela escolha da instituição de ensino, é importante que o beneficiado exponha seus interesses e objetivos de vida. Portanto, alinhe quais são as expectativas de desenvolvimento esperado pelo seu gestor e qual é o plano de carreira envolvido. E lembre-se: isso deve ser feito antes do início do intercâmbio.
Intercâmbio não remunerado: como voltar ao mercado de trabalho
Fazer o intercâmbio apenas para constar no currículo não vale a pena. Hoje, como existem muitas possibilidades de intercâmbio, ele por si só não é mais considerado um diferencial. O verdadeiro diferencial é o que você faz com essa experiência e como ela está relacionada aos seus objetivos profissionais.
Em um processo seletivo, por exemplo, dificilmente será avaliado se o candidato fez ou não intercâmbio. No entanto, o recrutador estará atento se o perfil do candidato e sua bagagem de vida está dentro do perfil buscado pela empresa.
É importante que o candidato saiba demonstrar, durante a seleção, que o intercâmbio foi uma oportunidade de aprendizado e desenvolvimento de suas competências, assim como o quanto contribuiu com sua bagagem cultural e experiência de vida.
Com relação à garantia do atual emprego de volta, dependerá da cultura da empresa que o profissional trabalha, das políticas internas e também da forma como foi negociado com seu gestor.
Boa sorte na sua decisão e ótima viagem para quem optar pelo intercâmbio!