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Executivo do LinkedIn revela as novas formas de destacar o perfil no Brasil usando a IA; veja como

Tomer Cohen, diretor do LinkedIn e professor da Universidade de Stanford, conta as novidades que chegam na rede este ano. Uma delas ajuda a fazer um resumo ideal do seu perfil. Do lado da empresa, há novas soluções para contratação e marketing

Tomer Cohen, diretor do LinkedIn: Este ano, o LinkedIn vai trazer mudanças significativas focadas em aprendizado e produtividade, particularmente com ênfase em IA (LinkedIn/Divulgação)

Publicado em 13 de abril de 2024 às 08h00.

Última atualização em 13 de abril de 2024 às 09h45.

Se você quer saber mais sobre o perfil de um profissional ou buscar uma vaga em uma empresa, automaticamente buscamos essas informações em uma plataforma: o LinkedIn. Desde a aquisição pela Microsoft em 2016, a base de usuários do LinkedIn dobrou globalmente de 433 milhões para 1 bilhão em 2024. A plataforma agora tem 23 bilhões de conexões, com cerca de 130 novos profissionais se juntando a cada minuto.

No ranking de países que mais usam a plataforma, o Brasil tem um destaque especial. A ferramenta se popularizou no país, que se tornou a terceira nação com a maior base de membros, somando neste ano 75 milhões de usuários. “Cerca de 60% da força de trabalho brasileira está no LinkedIn”, afirma o israelense Tomer Cohen, diretor de produtos do LinkedIn, que veio ao Brasil neste ano para conhecer mais sobre o país que é um dos mercados chave para a companhia.

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“O Brasil é uma economia em desenvolvimento. É uma empresa emergente e por muito tempo se mostra em um mercado de trabalho muito dinâmico, e o LinkedIn funciona extremamente bem em oportunidades como essa”, diz o executivo que reforça que no LinkedIn Brasil há de tudo, desde CEOs até trabalhadores de linha de frente.

O executivo, que também é especialista em IA e professor da Universidade de Stanford, já identificou que hoje a população que mais cresce no LinkedIn Brasil é a Geração Z – representando mais de um terço da população geral do Brasil.

“Para nós no LinkedIn isso é fantástico, porque em primeiro lugar essa é uma geração digital. Segundo é uma geração muito adaptável à mudança e eles aprendem realmente muito rápido. Eles são mais atraídos por habilidades digitais e é para onde eu acho que o mercado está indo”, diz. “Eles pensam muito como agentes de mudança, eles buscam muito ser mudança na cultura com habilidades e IA.”

O Brasil também é um mercado de trabalho muito ativo, segundo o executivo, que reforça que 75% dos brasileiros querem mudar de emprego este ano, enquanto há muitas empresas procurando contratar. “Esse movimento basicamente para nós significa que é um negócio forte tanto do lado do recrutador quanto do lado de quem busca um emprego.”

Para o executivo, o LinkedIn é usado em três frentes:

“Se você juntar essas partes é exatamente o LinkedIn. É nisso que somos ótimos e vamos aprimorar com as novas tecnologias, como a IA”, diz Cohen.

Em entrevista exclusiva à EXAME, Tomer Cohen, diretor de produtor do LinkedIn, comenta as mudanças quechegam neste ano no LinkedIne asprincipais dicas para destacar o seu perfil na rede, assim como das empresas - tudo com o apoio da IA.

Desde quando o LinkedIn usa IA e quais foram os resultados?

O LinkedIn tem utilizado a inteligência artificial (IA) desde 2007, focando inicialmente na criação de conexões significativas entre candidatos e empregos, além de facilitar a interação entre profissionais e empresas para vendas e aprendizado. Estávamos, por exemplo, tentando conectar professores com pessoas que estão procurando aprender com eles. Então, basicamente fazemos os pontos de conexão.

O que aconteceu há cerca de dois anos é que não se trata apenas de fazer combinações. A plataforma começou a incorporar a IA mais diretamente na experiência dos usuários, apresentando o conceito de "parceiro de IA" ou "treinador de IA" para potencializar ainda mais a produtividade individual.

O que o LinkedIn irá promover de novidades este ano para os candidatos?

Este ano, o LinkedIn vai trazer mudanças significativas focadas em aprendizado e produtividade, particularmente com ênfase em Inteligência Artificial (IA).

Uma grande novidade é a introdução de cursos sobre IA em português, disponíveis gratuitamente para os membros brasileiros, visando equipá-los com as habilidades necessárias para se adaptarem às mudanças no mercado de trabalho impulsionadas pela IA.

Outra mudança tem relação com a produtividade. Por meio da IA o LinkedIn irá permitir uma interação mais profunda e personalizada entre os usuários e os conteúdos, bem como entre candidatos a emprego e oportunidades profissionais. Por exemplo, se eu sou um usuário Premium do LinkedIn, serei capaz de perguntar o que faz tal empresa? Qual é o modelo de negócios dela? Como funciona? Quem trabalha lá? Ir muito fundo e fazer perguntas como se eu tivesse um especialista trabalhando comigo. Basicamente, reunir conhecimento sobre tudo o que estou vendo no LinkedIn.

Ainda do lado do membro, se eu sou um candidato a um emprego na plataforma, serei capaz de saber se a oportunidade é boa para mim e como me preparar para o emprego. Então, você poderá ver isso diretamente do treinador de IA que dirá a você: você tem essa habilidade ou faltam duas habilidades. Aqui está uma boa maneira de você aprender as habilidades. Basicamente indo fundo nas capacidades para fazer isso. Isso pode até ajudar na preparação de uma entrevista. Posso aprender como me preparar para a entrevista e como me posicionar melhor. Todas as habilidades que você precisa para se preparar para o mundo do trabalho.

E para as empresas, o que teremos de novidades?

Haverá novidades para recrutadores e profissionais de marketing, como ferramentas baseadas em IA que facilitam a identificação de talentos e a personalização de mensagens, além de automatizar e otimizar campanhas de marketing.

Você poderá obter também insights sobre a empresa, o que chamamos de IQ de conta. Você poderá ver as contas que está buscando vender e obter uma visão 360 delas, como ver as notícias sobre as empresas, quem está nas empresas e como vender para essas empresas.

Que dicas você pode dar para ter um bom perfil no LinkedIn?

Para criar um bom perfil no LinkedIn, considere sua identidade profissional e como você deseja se apresentar. No seu perfil tem que ter tudo o que é profissionalmente relevante sobre você, onde você trabalhou, suas habilidades e conquistas de forma clara e profissional. E hoje, no LinkedIn, você realmente tem um produto de IA que te ajuda a fazer isso.

Destaque suas habilidades específicas. Hoje, recrutadores se importam com habilidades. Quais habilidades você tem? O que você traz para o mundo do trabalho? Você sabe como executar campanhas e marketing? Você sabe como escrever com criatividade? Você sabe como fazer engenharia e programação? Você sabe como vender? Então, realmente anote suas habilidades para que as pessoas possam ver exatamente sua expertise.

Outra dica é o conteúdo. Compartilhe conteúdo relacionado à sua área de expertise e interaja na plataforma para construir uma rede sólida. Comece a falar sobre algo que domina, todo mundo tem um ofício sobre o qual sabe muito. Seja capaz de representar quem você é e falar sobre as coisas que você se importa na rede. Acredite, você está sendo visto.

No final de tudo, o segredo é ser autêntico, é mostrar quem você é, além de se envolver ativamente com a sua rede. É assim que as oportunidades vêm até você.

O que esperar do futuro do trabalho com a IA?

O futuro do trabalho com IA aponta para mudanças significativas. A realidade é que mesmo se você não está mudando de emprego, seu emprego está mudando. Então, antes de tudo:

Portanto, o futuro do trabalho exigirá uma combinação de agilidade, aprendizado contínuo e foco em habilidades, com a IA servindo como uma ferramenta chave para facilitar esses aspectos.

Qual geração está mais engajada no LinkedIn?

Hoje a população que mais cresce no LinkedIn no Brasil é a Geração Z. É mais de um terço da população geral do Brasil. Para nós no LinkedIn isso é fantástico, porque em primeiro lugar essa é uma geração digital. Segundo é uma geração muito adaptável à mudança e eles aprendem realmente rápido. Eles são mais versados em habilidades digitais e é para onde eu acho que o mercado está indo.

Eles pensam muito como agentes de mudança, eles buscam muito ser mudança na cultura e estamos indo para nossa mudança de força de trabalho no futuro com habilidades e IA. O Brasil lidera o mundo na influência da Geração Z e nós vemos isso no LinkedIn também.

Qual habilidade a IA não irá substituir?

A habilidade que a IA não substituirá é aquela que nos define como humanos: a conexão e interação humana. Por exemplo, em recrutamento, o contato direto e pessoal com candidatos é insubstituível pela IA. Além disso, capacidades como estratégia e criatividade, que envolvem pensar em novas direções e inventar coisas inéditas, são intrinsecamente humanas e não replicáveis por IA.

No LinkedIn, a IA é projetada para trabalhar ao lado do usuário, ajudando e sugerindo, mas a decisão final e as ações são sempre humanas. Isso reflete um princípio importante de design de produto da plataforma, enfatizando que o LinkedIn é sobre conexões humanas, com a IA servindo como facilitadora dessas interações.

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