Copa do Mundo: com campo de futebol no escritório, DJ e Canarinho, empresas inovam no mundial
Segundo pesquisa da Catho, 64% das empresas dizem ter se organizado para transmitir os jogos no escritório. Mas algumas resolveram ir além e montar ações diferentes para engajar funcionários com o mundial
Luciana Lima
Publicado em 24 de novembro de 2022 às 15h32.
Última atualização em 24 de novembro de 2022 às 18h57.
No país do futebol, é difícil escapar do clima de Copa do Mundo, principalmente, nos dias de jogos da Seleção Brasileira como nesta quinta-feira, 24. De acordo com uma pesquisa da Catho, site de vagas de emprego, 64% das empresas dizem ter se organizado para transmitir os jogos no escritório.
Mas algumas resolveram ir além e aproveitar o mundial, que este ano é realizado no Catar, e desenvolver ações diferentes para engajar os funcionários.
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A Cimed, empresa farmacêutica, é uma delas. A companhia, que também é patrocinadora oficial da Seleção Brasileira, montou um campo de futebol na sua sede, em São Paulo, com direito à trave e rede para os funcionários mostrarem suas habilidades durante o expediente.
O Canarinho, mascote da seleção brasileira, visitou tanto o escritório da empresa, na Faria Lima, quanto a fábrica da Cimed em Pouso Alegre (MG). Fora isso, a farmacêutica investiu R$ 800 mil para a construção de uma tenda para que os funcionários da linha de produção consigam assistir aos jogos. A expectativa é reunir uma torcida de 2 mil empregados em cada partida.
"O escritório central e os 26 centros de distribuição da Cimed foram decorados com bexigas e tecidos verde amarelo. Também disponibilizaremos telões e televisores, com distribuição de chocolate, pipoca e refrigerante. Faremos, ainda, sorteios de diversos itens, como camiseta e bola autografada", diz Karla Marques Felmanas, vice-presidente da Cimed.
A Copa do Mundo também faz parte da estratégia de negócio da Cimed que, ao todo, está investindo cerca de R$ 40 milhões em cerca de 38 ações relacionadas o mundial.
Uma das principais é a contratação de influenciadoras, esposas de atletas da seleção, para produzir conteúdos sobre o Lavitan, complexo vitamínico e principal produto do portfólio da marca que se relaciona com o universo esportivo.
De acordo com a executiva, a ideia é utilizar a Copa do Mundo para trabalhar valores importantes para a empresa, como a colaboração, com os 5 mil funcionários.
"Queremos disseminar esse espírito de campeão, de equipe, de trabalhar junto. Acreditamos no esporte justamente porque o nosso DNA é baseado no pilar da união e de que não existe uma única estrela. Todos trabalham juntos para alcançar os objetivos. Acreditamos na força desse grande time para ajudar a gente a impulsionar o nosso patrocínio na seleção", afirma Felmanas.
Festa com DJ e visita ao Maracanã
Mas não é só a Cimed que resolveu investir nas ações da Copa do Mundo para os funcionários. A gestora de investimentos AF Invest antecipou sua festa de confraternização para coincidir com a estreia da Seleção Brasileira no mundial, nesta quinta-feira, 24/11. Neste dia, os funcionários da companhia assistirão aos jogos juntos, em um espaço alugado pela empresa. Haverá DJ, banda e comidas de boteco.
Já na Eco Flame Garden, empresas de móveis para jardim, as ações de engajamento tiveram início antes mesmo de o Brasil entrar em campo.
Em setembro, a empresa realizou a gravação da campanha de lançamento de uma linha de pufes exclusivos para a Copa no Estádio do Maracanã e, para acompanhar esse momento, três funcionários foram sorteados e puderam visitar o local, que foi palco da vitória do Brasil na icônica Copa de 1950.
Na empresa, as partidas serão televisionadas em um lounge, espaço montado com produtos da própria marca. Em todos os jogos do Brasil, acontecerá um bolão, no qual o vencedor será presenteado com um produto da marca.
Bolão entre funcionários vira negócio
O bolão para premiar quem acertar os resultados das partidas da Copa do Mundo é algo que caiu no gosto de muita empresa. Segundo a mesma pesquisa da Catho, a opção é a segunda ação mais popular entre as empresas, perdendo apenas para transmissão dos jogos e sendo a escolha de 22% das organizações.
Esse é o caso da fintech Alt.bank, mas por lá os funcionários não vão precisar desembolsar nenhum dinheiro para realizar as apostas, que serão realizadas em uma plataforma selecionada pela empresa. Os prêmios vão desde relógios a “Alexas”.
Já a Agência Dale, de comunicação, viu na prática de organizar bolões com os funcionários para Copa do Mundo, uma chance de negócio. A empresa desenvolveu um plugin, conectado ao Dialog, uma plataforma de engajamento de funcionários, para permitir a inserção de palpites sobre os possíveis resultados dos jogos.
No final do período de apostas, esse plugin gerará um ranking cujo prêmio ficará a critério de cada empresa. O custo para empresa varia de acordo com o número de funcionários, indo de R$ 5 mil até R$ 50 mil. A expectativa é ter 20 empresas clientes desse serviço, somando 100 mil usuários.
"Apostamos nessa funcionalidade, oferecida por uma agência parceira, porque acreditamos no poder das integrações com o nosso super aplicativo. Nosso objetivo é aumentar o engajmento dentro do nosso aplicativo", diz Hugo Godinho, CEO da Dialog.