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Conheça a profissão que dominou os EUA e ganha cada vez mais espaço no Brasil

As oportunidades disponíveis nessa área prometem remunerações atrativas; veja como ingressar nesse mercado

 (g-stockstudio/iStockphoto)

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Júlia Cerqueira
Júlia Cerqueira

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Publicado em 17 de janeiro de 2024 às 17h06.

Última atualização em 17 de janeiro de 2024 às 17h11.

Os EUA têm o mercado de capitais mais desenvolvido e robusto do mundo. Não à toa as oportunidades para quem deseja trabalhar como assessor de investimentos por lá são bastante atrativas. O segmento aqui no Brasil também tem atraído os olhares de profissionais que desejam escalar sua carreira no setor financeiro.

Em 2023, a B3 registrou a marca recorde de 17 milhões de investidores, segundo dados da própria bolsa de valores. Juntamente com esse número, observamos também o crescimento da quantidade de profissionais qualificados para assessorar esses novos investidores. 

Um relatório de 2023 da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord), organização responsável por certificar e credenciar esses profissionais, mostra que houve um crescimento de 22% no número de credenciados em 12 meses, passando de 19.528 para 23.798.

Esse panorama mostra o interesse de cada vez mais pessoas pelo mercado financeiro e, consequentemente, uma oportunidade para os profissionais que desejam migrar ou direcionar a carreira para a assessoria de investimentos e áreas correlatas. 

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O que faz um assessor de investimentos?

O assessor de investimentos é o profissional responsável por orientar seus clientes na tomada de decisão relacionada a investimentos. Ele é considerado o braço comercial em uma corretora de valores, uma vez que a captação de recursos e prospecção de novos clientes também faz parte das suas metas. 

Uma característica muito interessante desse profissional é que, para alcançar seus objetivos, ele investe muito no relacionamento com o cliente. Entrar em contato com os investidores com regularidade é uma das atividades rotineiras do assessor de investimentos. Além disso, o seu dia a dia inclui: 

  • atendimento ao cliente;
  • criação de carteira de investimentos;
  • acompanhamento do mercado para fazer boas recomendações;
  • curadoria de produtos de acordo com o perfil de cada investidor;

Em suma, o papel do assessor de investimentos é ser um agente facilitador, cuidando do dinheiro dos clientes e ajudando-os a aumentar seu patrimônio por meio dos investimentos.

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Como ser um assessor de investimentos?

Existem basicamente dois caminhos para trabalhar como assessor de investimentos. O primeiro – e mais aconselhável para iniciar a carreira, uma vez que o profissional já terá uma carteira de clientes, é ser contratado por um banco. Para esta posição, geralmente, são exigidas as certificações CPA 10, CPA 20 e CEA.

Para quem já está há mais tempo no mercado e deseja migrar para uma carreira autônoma, não é necessário ter as certificações acima, porém há as seguintes exigência:

  • ser certificado pela Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord);
  • obter o registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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Quanto ganha um assessor de investimentos?

Os altos salários do setor são um dos grandes chamarizes para novos talentos interessados na área das finanças. A remuneração média de um assessor de investimentos, por exemplo, pode variar entre R$ 6.720 e R$ 22.000, segundo dados da plataforma Glassdoor.

No entanto, esses valores podem ser muito maiores, uma vez que as taxas e comissões que são aplicadas nas operações são calculadas a partir do montante das transações ou do  patrimônio de cada cliente, aumentando assim os ganhos do assessor.

Para um exemplo prático, vamos supor que um assessor de investimentos cobre uma taxa de gestão anual de 1% sobre os ativos sob sua administração. Se um cliente investir R$ 500.000, a remuneração do assessor seria:

Taxa de Gestão Anual: 1%

Ativos sob Administração: R$ 500.000

Remuneração Anual = 1% * R$ 500.000 = R$ 5.000

Neste caso, o cliente pagaria R$ 5.000 por ano pelos serviços de assessoria de investimentos. Essa taxa é aplicada independentemente de quantas transações o assessor realiza ou do desempenho específico dos investimentos. 

Confira algumas das principais formas de remuneração para assessores de investimentos:

Taxa de gestão

Muitos profissionais cobram uma taxa de gestão anual, calculada como uma porcentagem dos ativos totais que estão sob sua administração. Essa taxa é geralmente cobrada regularmente, trimestral ou anualmente.

Comissões por transação

Alguns assessores recebem comissões com base nas transações financeiras que realizam para seus clientes. Isso significa que ganham uma porcentagem do valor de cada compra ou venda de ativos.

Honorários por hora ou consulta

Nesse modelo, os clientes pagam pelo tempo que passam discutindo estratégias de investimento, planejamento financeiro ou outras questões financeiras.

Taxa fixa

Também é comum encontrar assessores que cobram uma taxa fixa pelos serviços prestados, independentemente do valor dos ativos do cliente. Isso pode ser uma taxa anual ou uma taxa única por determinado serviço, como a elaboração de um plano financeiro abrangente.

Modelo misto

É possível combinar diferentes formas de remuneração. Por exemplo, cobrar uma taxa fixa pelos serviços de planejamento financeiro e, ao mesmo tempo, receber comissões por transações específicas.

Taxas de performance

Em alguns casos, os assessores podem receber uma taxa adicional com base no desempenho dos investimentos. Se os retornos superarem determinado benchmark, o assessor recebe uma porcentagem adicional.

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*Conteúdo apresentado por Faculdade EXAME.

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