Bank of America planeja retorno total a escritórios em Hong Kong
O governo de Hong Kong tem enfrentado obstáculos para convencer a população a se vacinar, o que representa um risco para os planos de reabertura
Bloomberg
Publicado em 1 de junho de 2021 às 12h50.
O Bank of America planeja trazer todos os funcionários de Hong Kong e da China continental de volta aos escritórios até o fim de junho. A instituição seria um dos primeiros bancos globais no centro financeiro asiático a implementar o retorno total após mais de um ano de trabalho remoto.
O banco emitirá um aviso prévio de 30 dias, além de oferecer treinamento para o retorno aos escritórios a todos os funcionários, disseram Jin Su e Jiro Seguchi, copresidentes da região da Ásia-Pacífico, em memorando interno na segunda-feira. Um porta-voz do banco confirmou o conteúdo do memorando.
“Especialistas médicos e autoridades de saúde pública no mundo todo continuam a recomendar fortemente a vacinação como parte importante para se manter saudável”, disseram os executivos. “Também incentivamos todos a se vacinarem quando puderem.”
O governo de Hong Kong tem enfrentado obstáculos para convencer a população a se vacinar, o que representa um risco para os planos de reabertura e flexibilização das regras de distanciamento social.
Na terça-feira, a Autoridade Monetária de Hong Kongdisseque os bancos devem incentivar a vacinação de funcionários em funções de atendimento ao cliente e fazer uma lista de empregados que devem receber a vacina. A agência também pediu aos bancos que avaliem conceder dias extras de folga a funcionários vacinados.
O retorno aos escritórios ganha ritmo globalmente com as campanhas de vacinação em cidades importantes como Nova York e Londres. Os bancos adotaram abordagens variadas para os regimes de trabalho durante a pandemia. Alguns, como o Bank of America, que tem cerca de 1,6 mil funcionários em Hong Kong, e o JPMorgan Chase aceleram os planos para ter mais funcionários nos escritórios. Outros, como Standard Chartered, têm adotado um modelohíbridode trabalho.
Em Hong Kong, onde a quarta onda do coronavírus já perde força, os bancos operam em diferentes níveis de capacidade. O HSBC, com mais de 20 mil funcionários em Hong Kong, permite até 50% de ocupação em seus escritórios. No Citigroup, a ocupação dos escritórios em Hong Kong é de 75%, segundo um porta-voz do banco.
Os executivos do Bank of America disseram que a crise de saúde ainda afeta regiões de maneiras diferentes, com condições desafiadoras em outros mercados.
“Esperamos que o fato de termos companheiros de equipe retornando na região e no mundo dê aos colegas nesses mercados a confiança de que podemos derrotar esse vírus”, disseram.