Apollo
José Roberto Assy, 39 anos, engenheiro agrônomo
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h31.
A história de sucesso de José Roberto Assy, um paulistano nascido em família de classe média, começou com um problema. Desde 1992, ele distribui sementes da Pioneer em Caldas Novas, no interior de Goiás. Em 1996, por um problema de secagem das sementes, os produtores tiveram uma quebra em parte da safra, apesar do recolhimento de 300 000 quilos de grãos. "Tentei transformar aquele erro em algo produtivo", diz Assy com humildade, uma característica que logo se revela quando fala. "Resolvi abrir um buraco na plantadeira para ver como funcionava e percebi que havia uma grande perda no plantio." Isso porque a tecnologia das plantadeiras utilizadas no Brasil é a mesma empregada no sistema de cultivo americano (nos Estados Unidos as sementes são maiores; portanto, o desperdício é menor). Para resolver o problema, Assy criou, à la Professor Pardal, um disco distribuidor de sementes com o tamanho adequado às variedades brasileiras. Conseguiu uma redução de 43% na falha do plantio.
Pouco antes desse episódio, Assy conta que sua vida havia dado uma virada, com o nascimento de seu segundo filho, em 1995. "Olhei para as pessoas ao meu redor lá no campo e decidi que não queria ter uma vida contemplativa. Queria construir algo para durar." O problema na distribuição das sementes serviu como empurrão para o início das pesquisas. Hoje, a Apollo, empresa de Assy, que faturou 1 milhão de reais no ano passado, já está lançando o terceiro produto no mercado. Trata-se de um aparelho que monitora o despejo de adubo e sementes durante o plantio, batizado de badeco eletrônico. O nome é uma brincadeira com a figura do campo conhecida como "badeco", o peão que fica em cima da colheitadeira supervisionando o plantio. "Quero transformar a empresa em um laboratório de tecnologia rural", diz Assy. Ele não perde tempo: já contratou um pesquisador para ajudar na tarefa. Os agricultores comemoram.
A história de sucesso de José Roberto Assy, um paulistano nascido em família de classe média, começou com um problema. Desde 1992, ele distribui sementes da Pioneer em Caldas Novas, no interior de Goiás. Em 1996, por um problema de secagem das sementes, os produtores tiveram uma quebra em parte da safra, apesar do recolhimento de 300 000 quilos de grãos. "Tentei transformar aquele erro em algo produtivo", diz Assy com humildade, uma característica que logo se revela quando fala. "Resolvi abrir um buraco na plantadeira para ver como funcionava e percebi que havia uma grande perda no plantio." Isso porque a tecnologia das plantadeiras utilizadas no Brasil é a mesma empregada no sistema de cultivo americano (nos Estados Unidos as sementes são maiores; portanto, o desperdício é menor). Para resolver o problema, Assy criou, à la Professor Pardal, um disco distribuidor de sementes com o tamanho adequado às variedades brasileiras. Conseguiu uma redução de 43% na falha do plantio.
Pouco antes desse episódio, Assy conta que sua vida havia dado uma virada, com o nascimento de seu segundo filho, em 1995. "Olhei para as pessoas ao meu redor lá no campo e decidi que não queria ter uma vida contemplativa. Queria construir algo para durar." O problema na distribuição das sementes serviu como empurrão para o início das pesquisas. Hoje, a Apollo, empresa de Assy, que faturou 1 milhão de reais no ano passado, já está lançando o terceiro produto no mercado. Trata-se de um aparelho que monitora o despejo de adubo e sementes durante o plantio, batizado de badeco eletrônico. O nome é uma brincadeira com a figura do campo conhecida como "badeco", o peão que fica em cima da colheitadeira supervisionando o plantio. "Quero transformar a empresa em um laboratório de tecnologia rural", diz Assy. Ele não perde tempo: já contratou um pesquisador para ajudar na tarefa. Os agricultores comemoram.