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A empresa mais rentável do mundo paga relativamente pouco a executivos

Em 2016, o CEO da Aramco recebeu menos de 20% da remuneração do então presidente da Exxon, Rex Tillerson

Salário: membros da alta administração e do conselho dividiram aproximadamente US$ 30 milhões em remuneração e benefícios (Gary Cameron/Reuters)

Luísa Granato

Publicado em 1 de novembro de 2019 às 16h40.

Última atualização em 1 de novembro de 2019 às 16h48.

Esses profissionais administram a empresa mais rentável do mundo, supervisionam um décimo da produção global de petróleo e suas decisões ajudam a moldar o destino de uma nação. Seus salários, no entanto, são um pouco menos grandiosos.

A petroleira saudita Aramco é a galinha dos ovos de ouro do reino, aumentando o poder da família real com os petrodólares. Já os executivos têm uma vida relativamente modesta em comparação com alguns de seus colegas em outras empresas.

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No ano passado, membros da alta administração e do conselho - cerca de 17 pessoas no total - dividiram aproximadamente US$ 30 milhões em remuneração e benefícios.

O valor corresponde à metade do que as rivais Exxon Mobil e Chevron pagaram aos seus executivos e diretores, embora estes tenham de pagar imposto de renda, enquanto cidadãos sauditas não precisam.

O CEO da Aramco, Amin Nasser, recebeu US$ 5 milhões em 2016, quando a empresa começou a preparar sua demorada oferta pública inicial, disseram pessoas a par do assunto.

O valor corresponde a menos de 20% da remuneração que o então presidente da Exxon, Rex Tillerson, recebeu na época.

Mesmo considerando o regime tributário e outras vantagens, como residências com piscinas particulares, os números não surpreendem se comparados ao grande plano da empresa.

O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman quer que a Aramco seja avaliada em US$ 2 trilhões quando o governo finalmente vender suas ações, peça central da maior transformação econômica desde que o Estado assumiu o controle da petroleira na década de 1970.

No alto escalão, há décadas os executivos escutam o mantra de que o sucesso a longo prazo supera todas as outras prioridades. Tem a ver com o futuro do reino, não com o enriquecimento pessoal.

“Esta é a força vital da Arábia Saudita”, disse Ellen Wald, que comanda uma empresa de consultoria em energia e política e é autora do livro “Saudi, Inc.: The Arabian Kingdom’s Pursuit of Profit and Power”, publicado em 2018.

A Aramco não divulgou publicamente detalhes de remuneração além dos valores agregados, que foram incluídos no prospecto de títulos em abril. Um porta-voz da empresa com sede em Dhahran disse que a política da empresa é remunerar os gerentes de maneira consistente com a estratégia e os objetivos da Aramco.

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