8 hobbies que podem ajudar a sua carreira
Headhunters e consultores revelam o que fazem no horário livre e indicam atividades que auxiliam a desenvolver a concentração, entre outros
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2012 às 08h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h24.
São Paulo – Durante uma entrevista de emprego é comum que o candidato seja questionado sobre seus interesses e passatempos. A razão? Os hobbies podem revelar muito de seu perfil comportamental e atrair a atenção do entrevistador. Para Christian Spong, gerente da EMR Recruitment, tocar instrumentos musicais pode ajudar na coordenação motora e, para ele, profissionais de qualquer área, seja de comunicação ou do mercado financeiro, por exemplo, precisam dessa habilidade na rotina. No mundo corporativo, Sócrates Melo, gerente sênior de recrutamento temporário da Robert Half afirma que um executivo tem que lidar constantemente com a ansiedade e pressão no trabalho. Para ele, a concentração adquirida por meio da prática de um esporte pode ajudar a aliviar e até mesmo controlar. Confira nas páginas seguintes outras sugestões de hobbies.
“Meu hobby sempre teve relação com música, pois venho de uma família de músicos”, explica Diego Mariz, consultor de engenharia e manufatura da Michael Page. Ele toca contrabaixo na banda de rock Növa e, junto com os outros três integrantes, se apresenta uma vez por mês em bares e restaurantes de São Paulo. Spong toca violão desde os 10 anos e afirma que a prática facilitou a coordenação motora além de atualmente, considerar uma espécie de terapia. “É um momento relaxante em que você faz o que você gosta após um dia de caos no trabalho”, diz. Aumentar o nível de disciplina e administrar melhor o tempo são outros ganhos com este hobby. “Além de trabalhar a autoestima também, pois você pode acompanhar sua evolução com o tempo e no palco você acaba vencendo a timidez”, explica Mariz. Ele não se considera uma pessoa tímida, mas diz que a confiança adquirida em um palco pode ajudar aqueles profissionais que lidam constantemente com públicos diferentes seja em palestras ou apresentações de trabalho.
Cícero Barreto é diretor de marketing e vendas da Omint e corre por hobby desde 2003. “Comecei por causa da minha esposa, pois ela acordava muito cedo para correr e eu me sentia mal por dormir. Desde então mudei meus hábitos e aprendi a correr”, conta. Hoje, ele disputa maratonas e participou recentemente do Cruces de los Andes 2012, no Chile. “Este hobby trouxe para mim disciplina, planejamento e as experiências que você tem com a corrida você pode transpor para o mundo corporativo”, afirma. Ele compara treinos longos, que duram de 2 a 3 horas, com o cansaço físico e mental consequentes de difíceis negociações. “Ocupo um cargo de direção e acabo servindo de exemplo para os demais funcionários e muitos recorrem para pedir dicas e recomendações sobre corrida”, diz.
Desde 1999, em que era estudante e estagiava, Melo é praticante de jiu-jitsu. Hoje, ele é faixa preta e nega que o esporte é violento. Ele mora no Rio de Janeiro e apesar de viajar frequentemente, o hobby não é deixado de lado. “Procurei lugares para praticar e é ótimo para fazer amizades, esquecer um pouco dos problemas e descarregar a tensão”, conta. Ele recomenda para profissionais que precisam aumentar o nível de concentração no trabalho e que lidam constantemente com frustrações, pois o esporte ajuda a trabalhar a ansiedade também.
Barreto diz que grandes histórias podem inspirar tanto na vida pessoal quanto profissional de uma pessoa. “Leio livros que dizem respeito ao meu trabalho, mas também de assuntos fora do tema corporativo”, diz. A leitura é um hobby que, além de proporcionar momentos de descanso, agrega conhecimento ao profissional, independente do assunto. Após ler “Transformando suor em treinamento”, do técnico Bernardinho, o diretor da Omint explica que conversou com seu time sobre temas pautados do livro. Ele afirma que essa prática é constante e cita outra obra que o inspirou: “A última grande lição” que traz ensinamentos para a vida. “O que foi legal é que as pessoas fizeram apresentações com base em situações pessoais”, explica.
Para Melo, nadar é uma maneira agradável de aliviar o estresse decorrente da pressão do trabalho. “Por ser um esporte individual, você consegue ter um momento só seu e ideal para reflexões”, diz. Por ser um esporte com menor risco de lesão é recomendado com instrução de profissionais especializados.
“Em 2005, conheci como era a dinâmica de uma corrida de aventura e me encantei porque envolve se superar sempre”, explica Spong. Geralmente, realizadas ao ar livre, é preciso do auxílio de instrumentos como a bússola. E o trabalho em equipe é indispensável. Apesar de se considerar muito competitivo, ele conta que aprendeu que se um integrante da equipe está com um problema no pé, é preciso buscar soluções para alcançar o objetivo. “É a mesma coisa no mercado corporativo, há metas, mas a pressão tem que ser saudável”, diz.
Filmes podem auxiliar a repensar sobre a carreira, e é uma atividade que reúne amigos e familiares. “Ao final de um dia é muito bom alugar um filme e reunir minha esposa para assistir”, diz Melo. Barreto também considera ir ao cinema um hobby indicado para relaxar.
Quando era trainee da Câmara Americana de Comércio, Spong fez aulas de teatro e conta que esse hobby é ideal para qualquer tipo de profissional. Para ele, independente do setor, se comunicar bem é um diferencial. “No palco, quando você está ao vivo, você não pode errar, mas se errar, precisa assumir o erro e consertar de imediato”, explica. Ele enfatiza que não fez aulas por ser tímido, mas por achar interessante.
Mais lidas
Mais de Carreira
Ele é júnior com salário de sênior: veja quem é o profissional que as empresas brigam para terEstas são as três profissões mais valiosas até o final da década; veja se a sua está na listaComo usar a gamificação para transformar o engajamento da sua equipe5 tipos de vampiros emocionais e como eliminá-los da sua vida