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5 atitudes que você nunca deve ter após uma demissão

A melhor forma de encarar uma possível demissão é se preparar psicologicamente para ela. Veja o que não fazer, caso você seja desligado da sua empresa

Demissão: deixar-se vencer pelo choque e pela melancolia é grande risco para a carreira (Thinkstock/vadimguzhva)

Demissão: deixar-se vencer pelo choque e pela melancolia é grande risco para a carreira (Thinkstock/vadimguzhva)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 27 de agosto de 2015 às 15h04.

São Paulo - Emprego em baixa, estresse em alta: a crise econômica tem exigido nervos de aço do brasileiro.

Mas, se você for o próximo na fila de demissões, é importante não ceder ao desespero, afirma Karina Freitas, diretora de transição de carreira da Stato.

“Perder o emprego não significa ser incompetente", diz a especialista. “É preciso racionalizar o que ocorreu e buscar alternativas práticas”. 

Além de uma dose cavalar de inteligência emocional, as turbulências do mercado também exigem atenção redobrada para a qualidade do seu networking.

Para não errar - e economizar com consultorias de recrutamento - os empregadores estão recorrendo mais às indicações. “Mais do que nunca, o brasileiro precisa de uma rede de contatos aquecida”, observa Karina.

Em tempos difíceis, a prioridade é fazer escolhas inteligentes e cuidar da sua reputação. Veja a seguir algumas atitudes que podem colocar tudo a perder, segundo os especialistas ouvidos por EXAME.com:

1. Desabafar para as pessoas erradas

Esbravejar e chorar após uma demissão são reações naturais e até saudáveis - desde que aconteçam na frente de pessoas da sua confiança.

Manifestar desespero e raiva diante de colegas, chefes ou até do RH é altamente desaconselhável, segundo Rafael Souto, presidente da consultoria Produtive. "Além de comprometer a sua imagem profissional, não vai mudar em nada o que aconteceu", explica.

2. Criticar o seu ex-empregador

Por mais injusto que tenha sido o seu desligamento, não compensa espalhar queixas sobre o assunto pelo mercado.

De eventos de networking a entrevistas de emprego, é melhor ser discreto. Do contrário, você pode gerar desconforto e até desconfiança em seus pares e potenciais empregadores. "Podem pensar que você também falará mal deles no futuro, quando houver um desentendimento", afirma Souto.

3. Aceitar o que vier

A não ser que a sua situação financeira exija uma recolocação imediata, é melhor esperar um pouco antes de procurar um novo emprego.

Segundo Karina, fazer uma pausa ajuda a refletir sobre os próximos passos. “Se você buscar vagas sem nenhum critério, e aceitar o que aparecer primeiro, pode fazer escolhas erradas”, diz Karina.

4. Usar a sua rede de contatos de forma caótica

Esconder o fato de que você está desempregado não ajuda em nada: quanto mais pessoas souberem que você busca uma oportunidade, melhor.

Mas cuidado: isso não significa que você deva ligar e mandar emails para todos os seus contatos . "Por causa da sua ansiedade, você pode passar por chato", diz Souto. A dica é organizar a sua rede em uma planilha, e acionar apenas quem realmente pode ajudá-lo. 

5. Perder as esperanças

Num contexto de recessão econômica, diz Karina, é perfeitamente natural ter dificuldades para conseguir um novo emprego. O segredo para não se deixar vencer é a resiliência.

Um dos truques para fazer isso é preencher o seu tempo, segundo disse a EXAME.com o professor José Ramón Pin, da IESE Business School. “É preciso manter a cabeça ocupada, estudar, ajudar a sua família”, defende o professor. "Assim, você sente que está sendo útil e que a crise não derrotou você”.

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