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41% das empresas no Brasil não oferecem nenhum benefício de bem-estar

Pesquisa da Pipo, corretora de saúde, ouviu 432 empresas para mapear as práticas de benefícios corporativos no Brasil

Saúde mental: apesar de reconhecer a importância, poucas empresas investem no bem-estar dos funcionários (sorbetto/Getty Images)
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Luciana Lima

Publicado em 9 de fevereiro de 2023 às 17h39.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2023 às 11h14.

Depois da pandemia de covid-19, com o aumento nos casos de doenças mentais como burnout e ansiedade, muitas empresas apostaram na oferta de benefícios para auxiliar os profissionais a manter qualidade de vida e bem-estar.

Segundo a Pesquisa de Benefícios de Saúde 2023, realizada pela Pipo, corretora de saúde, para 75% dos profissionais de Recursos Humanos, os benefícios de saúde mental, inclusive, se tornaram os subsídios mais importantes que as companhias podem oferecer neste momento.

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O mesmo estudo, que ouviu 432 empresas, entretanto apontou uma contradição: apesar de reconhecerem a importância do tema, 41% das empresas ouvidas não oferecem nenhum benefício de bem estar para os funcionários— seja ele de saúde mental ou física.

Entre as pequenas e médias empresas, que empregam menos de 500 pessoas, o número é ainda maior, 45,2%.

A oferta de subsídios para questões emocionais, como auxílio para psicoterapias, é uma realidade de apenas 4 em cada 10 empresas (39,1%). O número é ainda mais baixo entre as empresas menores, com até 500 empregados, caindo para36,2%.

Quanto o assunto são práticas de atividades físicas, o número de empresas que possuem algum tipo de suporte aumenta consideravelmente para 46,9%.

-(Pipo Saúde/Divulgação)

Mesmo assim, são poucas as que oferecem os benefícios de saúde mental e física de forma combinada, apenas 26,1%. No geral, a maioria (56,5%) opta por oferecer apenas um tipo de subsídio relacionado ao bem-estar.

-(Pipo Saúde/Divulgação)

Benefícios flexíveis ainda não são uma realidade

O estudo da Pipo, que busca mapear as tendências de benefícios corporativos, também mostrou que os benefícios flexíveis, em que os funcionários podem montar os seus pacotes de acordo com a sua necessidade, ainda não são uma realidade nas empresas brasileiras.

De acordo com a pesquisa, 61% dos pacotes não são flexíveis e as empresas oferecem opções pré-determinada para os funcionários. Somente 8,6% das empresas oferecem pacotes muito flexíveis, quando há a oferta de um valor específico e o empregado escolhe em quais categorias pretende gastar.

Ainda segundo os dados, a maioria das empresas pesquisadas (86%) oferece ao menos dois benefícios de saúde para os funcionários, como plano de saúde e odontológico.

Mas ainda são poucas que oferecem um pacote completo para os profissionais (17,8), com opção de plano de saúde, odonto, seguro de vida, bem-estar físico e mental.

A oferta de um cuidado mais integral com os funcionários é proporcional ao tamanho das organizações. E, segundo o estudo, entre aquelas que oferecem pacotes mais completos, 73% empregam mais de 500 funcionários.

"Oferecer benefícios voltados ao cuidado integral da saúde pode promover efeitos duradouros nos médio e longo prazos nas pessoas, diminuindo o gasto com a saúde dos funcionários no decorrer do tempo", escreveu a empresa no relatório.

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