Google: empresa faz parecer que o modo de navegação privada dá aos usuários mais controle sobre seus dados, diz advogada (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)
Rodrigo Caetano
Publicado em 13 de março de 2021 às 13h03.
Nas últimas semanas falamos sobre a polêmica australiana envolvendo o Facebook com a aprovação da lei que determina que as gigantes tech paguem pelas notícias publicadas em suas plataformas.
Na ocasião, o Facebook bloqueou por um período este tipo de conteúdo até chegar a um acordo com o parlamento australiano e anunciar em fevereiro um investimento bilionário no setor de notícias no mundo todo para os próximos anos.
Agora é a vez do Google e da Microsoft se digladearem sobre o tema. Um comunicado emitido ontem (12) pelo Google (https://bit.ly/3vkrDrk) reforça o compromisso e o suporte da empresa com o jornalismo e critica a Microsoft que defende o pagamento do conteúdo noticioso compartilhado pelas plataformas digitais.
A história se inicia quando a Microsoft se mostra disposta a aceitar o modelo de cobrança para seu buscador Bing, tornando-se assim uma possível substituição ao Google na Austrália, caso ele não aceite os termos governamentais. A Microsoft também afirmou que trabalhará em conjunto com editores da imprensa europeia garantindo que os jornais sejam pagos pela empresa no continente.
Já o Google, afirma que a Microsoft tem feito um movimento de substituição de jornalistas por bots de inteligência artificial e que a empresa de Gates não dá o apoio necessário ao segmento.
E o que isso tem a ver com a gente? Quase tudo. Se esta discussão está bem movimentada na Oceania e agora na Europa, em breve ela chegará às Américas. Isso muda a forma como os veículos e jornalistas podem se rentabilizar e gerar novos negócios, por exemplo.
É o futuro do conteúdo jornalístico se formando na frente dos nossos olhos.
*Sócio-diretor de Estratégia da FSB Comunicação
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