Ele queria ser presidente e CLT. Hoje, é empreendedor e fatura R$ 70 milhões com fast food italiano
Gabriel Alberti se arriscou no empreendedorismo depois que esposa engravidou e, agora, projeta R$ 100 mi para este ano e abertura da primeira loja na capital paulista
Repórter Bússola
Publicado em 23 de agosto de 2024 às 13h00.
Formado em administração de empresas e expert no mercado imobiliário, Gabriel Alberti voava no Walmart e tinha uma ambição: se tornar presidente da companhia. Ele nem viu chegando o passaralho que cortou sua equipe e levou junto seus planos de carreira.
“Pra mim foi uma desilusão muito grande porque eu amava a empresa. Parecia um fim de relacionamento”, conta.
Para ele foi, sem dúvida, um “término” doloroso, mas hoje o paulista de São José do Rio Preto diria estar “casado” com o empreendedorismo, comandando uma franquia que começou com R$ 250 mil e agora fatura R$ 70 milhões ao ano.
Fundada em 2016, a Itália no Box encontrou o meio termo ideal entre a praticidade do fast food e o valor emocional da comida italiana caseira.
Como assim comida italiana como fast food?
“A missão do itália no box é levar a caixinha para a casa do cliente, entregando a sensação de casa, a experiência de um almoço de família na casa da avó”, explica.
A abordagem é o principal diferencial da companhia, rendendo sucesso nos pedidos dos primeiros anos e um crescimento estável nos últimos oito anos desde a fundação.
- Em 2023 foram abertas 30 novas unidades
- São 100 franquias em 70 cidades de 18 estados diferentes
- A projeção para 2024 é expandir e faturar R$ 100 milhões.
Mas como ele tomou a decisão de transformar essa ideia em um modelo de negócio?
Nem toda carreira segue estável do ponto A ao B. A de Gabriel precisou de alguns anos sem direção exata para se desenvolver.
Depois do Walmart,ele abriu a própria consultoria e ganhou experiência com franquias, atendendo marcas como Tia Sô , mas o empreendedorismo mesmo veio por necessidade.
“A minha esposa estava grávida, pronta para ter nosso filho. Eu precisava de uma renda extra então resolvi montar um restaurante para trabalhar à noite ”, conta.
Como deu certo?
Com dinheiro do próprio bolso e R$ 15 mil emprestados do sogro, ele abriu a primeira unidade. Quando percebeu que era hora de franquear o negócio, chamou sua irmã, Débora Alberti, para ser sócia e impulsionar o negócio.
Na época, a ex-advogada estava insatisfeita com a carreira e passando por uma depressão ligada à vida profissional.
Depois de trabalhar por oito anos no escritório do avô, ela trabalhou mais nove como auxiliar administrativa em uma empresa de produtos para festas. Estava na hora de mudar de ares novamente.
“Um dia antes da inauguração, a moça contratada para auxiliar de cozinha quebrou o punho. Aí eu fui pra cozinha e acabei ficando. Quando meu irmão fez a proposta, fiquei maravilhada. Fiquei por três anos na cozinha, no atendimento e no planejamento. Foi aí que fui me curando”, Débora conta.
Com o auxílio da irmã, a proposta autoral e o aumento da popularidade do delivery devido à pandemia de Covid-19, Gabriel conseguiu estabelecer uma franquia popular em Rio Preto e expandiu o negócio para todo o Brasil.
Raio-x da franquia
O maior desafio da Itália no Box foi convencer quem antes só pedia os boxes a ir no restaurante, mas hoje não existe uma unidade sem espaço físico. Gabriel e Débora fazem o treinamento na loja do novo franqueado e se dedicam a encontrar pessoas que entendam o valor da marca.
Quem planeja investir na Itália no Box encontra o seguinte cenário:
- Investimento total: R$ 120 mil (Taxa de Franquia + Montagem +Insumos iniciais)
- Taxa de franquia: R$ 50 mil
- Capital de giro: R$ 20 mil
- Lucro líquido médio mensal por unidade (percentual ou valores): 15% ou R$ 15mil
- Royalties: 6% bruto
- Prazo de retorno do investimento: 18 meses
Para 2024, os irmãos pretendem expandir a operação para a cidade de São Paulo, considerada praça estratégica. Estão previstas pelo menos mais 30 lojas.
“Meu sonho era ser presidente do Walmart, com carreira tradicional. Empreender mudou minha vida totalmente. É uma luta diária, uma dopamina diária. É muito gratificante dormir e acordar vendo a forma como você movimenta a economia”, conclui Gabriel.
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