Coronavírus: muitas dúvidas, poucas certezas
Coluna de Alon Feuerwerker comenta o anúncio do primeiro-ministro britânico de que a nova cepa detectada no Reino Unido pode ser mais mortal
Mariana Martucci
Publicado em 22 de janeiro de 2021 às 17h24.
Última atualização em 22 de janeiro de 2021 às 17h42.
O premiê Boris Johnson deu a má notícia da sexta-feira. A mortalidade provocada pela nova cepa do SARS-CoV-2 detectada inicialmente no Reino Unido pode ser uns 30% ou 40% maior que a produzida pelo vírus na primeira onda.
Já se sabia que a transmissão era bem maior, de 30% a 70%. Mas é a primeira vez que se fala em mais mortalidade.
A covid-19 continua, portanto, uma caixinha de surpresas. Não é o caso de aderir ao relativismo, mas talvez seja prudente aceitar que se sabe ainda pouco sobre o patógeno.
Algumas coisas são conhecidas, claro. Distanciamento e isolamento sociais dificultam a propagação do vírus. E vacinas ajudam a pelo menos evitar as formas mais graves da doença provocada por ele. Mas não dá para o mundo todo ficar trancado e isolado em casa até todo mundo ser vacinado. Infelizmente.
O que fazer então? Uma coisa útil é lembrar sempre de Sócrates (o ateniense). E entender que a consciência da própria ignorância talvez seja o pilar fundamental da sabedoria.
* Analista político da FSB Comunicação
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