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Após boom de reformas em 2021, Dexco se estabelece em novo patamar

Companhia aproveitou crescimento do setor no ano passado para consolidar operações no presente e construir novas frentes de crescimento para o futuro

(Bússola/Divulgação)
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Bússola

Publicado em 26 de outubro de 2022 às 21h00.

Os anos de 2020 e, especialmente, 2021 significaram um boom para o mercado de reforma e decoração no Brasil. Impactados pelo aumento do trabalho em sistema home office, pelo crescimento do financiamento imobiliário por conta dos juros baixos no período e pela disposição dos consumidores em realizar melhorias em ambientes internos, os setores especializados em reforma e decoração cresceram de maneira robusta. Um exemplo: segundo pesquisa da plataforma Nuvemshop, o setor de casa e decoração avançou 300% no e-commerce entre 2019 e 2021. Agora, após o ápice da pandemia da Covid-19, em um momento em que a circulação das pessoas voltou praticamente ao normal, a Dexco, referência no setor, demonstra estar em um novo patamar de faturamento e saúde financeira. Ou seja, a empresa aproveitou o momento de crescimento acelerado para se estabilizar em condição que permite que seus negócios atravessem um cenário que se mostra mais desafiador em 2022.

A empresa detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor acaba de apresentar seus resultados no terceiro trimestre, com Lucro Líquido de R$ 163 milhões, mas esse não é o dado mais relevante. Mesmo em um período economicamente desafiador para o setor, com aumento de juros e redução do poder de compra, a empresa já atingiu o EBITDA de R$ 1,36 bilhão no acumulado nos primeiros 9 meses de 2022, superando o resultado alcançado pela Companhia em todo o ano de 2020, que foi de R$ 1,28 bilhão.

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“Em apenas noves meses já estamos performando acima do acumulado no ano inteiro de 2020. Importante destacar que em 2021 tivemos um ano histórico, o melhor em resultados da empresa de modo geral, impulsionado pelo boom de reformas residenciais e por uma conjunção de fatores que dificilmente se repetiria”, afirma Antônio Joaquim de Oliveira, CEO da Dexco. “Agora, a elevação do nosso patamar de resultado, com EBITDA e Receita Líquida acima das médias historicamente registradas pela empresa em anos anteriores, demonstra que soubemos nos preparar para as oscilações econômicas externas e que diversificamos as nossas estradas de crescimento”, completa o executivo.

No terceiro trimestre, a receita líquida da empresa foi de R$ 2,16 bilhões, apenas 1% menor do que no mesmo período do ano passado, que reconhecidamente foi o melhor ano da história da empresa. Já no acumulado de 2022, a Receita Líquida alcançou R$ 6,50 bilhões, alta de 10% na comparação com os nove primeiros meses do ano anterior. “Esse é um dado bastante relevante, pois reflete a confiança do consumidor e a resiliência nas vendas em nossas diversas marcas”, afirma Antônio.

2021 foi um ano de preparação para novos ciclos de crescimento

De acordo com a Fundação Getúlio Vargas e a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria de Construção), o setor de construção teve crescimento de 8% em volume e 11% em valor no ano de 2021. Isso sem falar na já citada pesquisa da Nuvemshop, que trouxe o indicativo de evolução para itens de casa e reforma. Ou seja, as pessoas estavam efetivamente mais propensas a gastar com pequenas obras, reformulação de ambientes e em itens de decoração. Com o forte caixa gerado por esse aumento de demanda, as empresas mais sólidas do segmento priorizaram investimentos que buscam a criação de rotas para crescimento. Significa dizer que elas aproveitaram a conjuntura favorável para se preparar para o futuro.

“A Dexco optou por priorizar crescimento orgânico e anunciou plano de investimentos de R$ 2,5 bilhões no Brasil para o período de 2021 a 2025”, afirma Henrique Haddad, CFO e diretor de Relações com Investidores da Dexco. Nesse contexto, apenas nos primeiros nove meses de 2022, a empresa aportou R$ 339 milhões para a expansão e modernização de linhas produtivas no país. “Ou seja, utilizamos caixa da empresa para construir as bases para o nosso crescimento futuro”, declara o executivo. Vale mencionar, ainda, o investimento na divisão de celulose solúvel, representada pela LD Celulose, joint venture entre a Dexco e a austríaca Lenzing. Ainda sem ter atingido sua capacidade operacional completa, a nova empresa já apresentou resultado positivo de US$ 12 milhões no acumulado dos noves primeiros meses de 2022, sinalizando potencial fonte promissora de valor para o futuro.

O investimento conduzido pela Companhia em reflorestamento também se mostra uma estrada importante para geração de valor nos negócios de madeira, como a Duratex. Os aportes para recomposição de ativos florestais é um diferencial, dado que não há vasta disponibilidade de florestas no Brasil. “Nesse sentido, a Dexco confia que o investimento para ampliação da base florestal, realizado no Nordeste, é uma decisão estratégica fundamental pensando no futuro”, diz Antônio Joaquim. Com o atual patamar de receita e consolidação dos negócios, atrelado aos investimentos para o futuro, a tendência é um crescimento sustentável da empresa pelos próximos anos.

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