União e prefeitura darão R$270 mi para cerimônias olímpicas
O ministro da Casa Civil disse foi acertado um aporte de R$ 270 milhões para as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada e da Paralimpíada Rio 2016
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2016 às 21h22.
Rio de Janeiro - Os governos federal e municipal vão socorrer o comitê organizador dos Jogos Rio 2016 com 270 milhões de reais para as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada e Paralimpíada, disse o ministro da Casa Civil , Eliseu Padilha nesta quinta-feira.
De acordo com o ministro, desse montante 150 milhões de reais virão da prefeitura e os 120 milhões de reais restantes do governo federal. O comitê organizador dos Jogos vem operando no vermelho e corre contra o tempo para não fechar os eventos esportivos com déficit.
“A demanda era de 200 milhões (de reais), mas chegamos a 270 milhões”, disse o ministro a jornalistas após participar de uma reunião com autoridades de segurança no Rio.
O déficit do comitê Rio 2016 foi assunto nesta quinta, na véspera da abertura dos Jogos, da reunião sobre segurança do Centro Integrado de Comando e Controle da qual participaram, além de Padilha, os ministros da Defesa, Raul Jungman; da Justiça, Alexandre de Moraes, e representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da Polícia Federal, entre outros.
A Reuters revelou no mês passado que o comitê organizador da Olimpíada operava no negativo, com um déficit estimado à época de 500 milhões de reais. Em cima da hora, novas cobranças e obrigações surgiram, segundo fontes, obrigando a prefeitura e o governo federal a socorrerem o comitê.
O Rio de Janeiro tem vivido episódios de violência e criminalidade nas últimas horas, alguns deles envolvendo delegações de atletas que participarão dos Jogos. Coube a Padilha, após a reunião, dar explicações sobre o esquema de segurança para o evento esportivo.
“É impossível em uma cidade do tamanho do Rio de Janeiro ter um policial ao lado de cada cidadão” disse o ministro. “Essas delegações deveriam ter solicitado, em tese, um comboio que faz o acompanhamento das delegações na chegada ao aeroporto”, acrescentou.
MENOS AUTORIDADES ESTRANGEIRAS
O ministro da Casa Civil afirmou que até agora cerca de 50 autoridades e dignatários estrangeiros confirmaram presença na cerimônia de abertura dos Jogos de 2016, que acontece na sexta-feira no Maracanã.
O número deve ser o mais baixo da história das Olimpíadas. Ele reconheceu que o número é menor do que havia sido imaginado e atribuiu esse fato às incertezas geradas pela interinidade do presidente em exercício Michel Temer, em meio ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que ainda está em andamento.
“A interinidade é causa de algum tipo de restrição a participação, reconhecemos... Gostaríamos que já tivesse havido a decisão do Senado”, disse o ministro.
“Do prisma externo, há sim uma interrogação: 'será que confirma ou não confirma? E aí vou lá com um interino agora e depois se não for o interino? Como fica?' A gente compreende e entende porque houve um número menor do que o originalmente pensado de autoridades dignatárias.”
Texto atualizado às 21h21
Rio de Janeiro - Os governos federal e municipal vão socorrer o comitê organizador dos Jogos Rio 2016 com 270 milhões de reais para as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada e Paralimpíada, disse o ministro da Casa Civil , Eliseu Padilha nesta quinta-feira.
De acordo com o ministro, desse montante 150 milhões de reais virão da prefeitura e os 120 milhões de reais restantes do governo federal. O comitê organizador dos Jogos vem operando no vermelho e corre contra o tempo para não fechar os eventos esportivos com déficit.
“A demanda era de 200 milhões (de reais), mas chegamos a 270 milhões”, disse o ministro a jornalistas após participar de uma reunião com autoridades de segurança no Rio.
O déficit do comitê Rio 2016 foi assunto nesta quinta, na véspera da abertura dos Jogos, da reunião sobre segurança do Centro Integrado de Comando e Controle da qual participaram, além de Padilha, os ministros da Defesa, Raul Jungman; da Justiça, Alexandre de Moraes, e representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da Polícia Federal, entre outros.
A Reuters revelou no mês passado que o comitê organizador da Olimpíada operava no negativo, com um déficit estimado à época de 500 milhões de reais. Em cima da hora, novas cobranças e obrigações surgiram, segundo fontes, obrigando a prefeitura e o governo federal a socorrerem o comitê.
O Rio de Janeiro tem vivido episódios de violência e criminalidade nas últimas horas, alguns deles envolvendo delegações de atletas que participarão dos Jogos. Coube a Padilha, após a reunião, dar explicações sobre o esquema de segurança para o evento esportivo.
“É impossível em uma cidade do tamanho do Rio de Janeiro ter um policial ao lado de cada cidadão” disse o ministro. “Essas delegações deveriam ter solicitado, em tese, um comboio que faz o acompanhamento das delegações na chegada ao aeroporto”, acrescentou.
MENOS AUTORIDADES ESTRANGEIRAS
O ministro da Casa Civil afirmou que até agora cerca de 50 autoridades e dignatários estrangeiros confirmaram presença na cerimônia de abertura dos Jogos de 2016, que acontece na sexta-feira no Maracanã.
O número deve ser o mais baixo da história das Olimpíadas. Ele reconheceu que o número é menor do que havia sido imaginado e atribuiu esse fato às incertezas geradas pela interinidade do presidente em exercício Michel Temer, em meio ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que ainda está em andamento.
“A interinidade é causa de algum tipo de restrição a participação, reconhecemos... Gostaríamos que já tivesse havido a decisão do Senado”, disse o ministro.
“Do prisma externo, há sim uma interrogação: 'será que confirma ou não confirma? E aí vou lá com um interino agora e depois se não for o interino? Como fica?' A gente compreende e entende porque houve um número menor do que o originalmente pensado de autoridades dignatárias.”
Texto atualizado às 21h21