Tropas já patrulham ruas do Rio, incluindo Palácio Guanabara
A intervenção federal começou na sexta-feira, dia 16, e foi decretada até 31 de dezembro
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de fevereiro de 2018 às 12h28.
Rio - Um dia após a publicação do decreto que determina a intervenção federal na Segurança Pública do Estado do Rio , tropas das Forças Armadas já foram vistas fazendo o policiamento na capital. Homens do Exército reforçam o policiamento ao lado do Palácio Guanabara, enquanto três militares foram vistos fazendo patrulhamento a pé no entorno do Aterro do Flamengo, na zona sul. Um caminhão e mais militares foram vistos na Praia de Botafogo, também na zona sul.
O Palácio Guanabara, na Rua Pinheiro Machado, em Laranjeira, na zona sul, é a sede do governo estadual fluminense, onde, por volta de meio-dia o presidente Michel Temer terá uma reunião com o governador Luiz Fernando Pezão (MDB), ao lado dos ministros da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen. Também participará o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Por volta das 11 horas, um blindado estava estacionado em frente à sede do Fluminense Football Club, que é colada ao palácio. De outro veículo, cerca de 20 militares saíram para reforçar o policiamento.
A intervenção federal começou na sexta-feira, dia 16, e foi decretada até 31 de dezembro. Esta é a primeira vez desde a promulgação da Constituição de 1988 que o Congresso se debruçará sobre um pedido de intervenção federal em um Estado. Temer designou o general do Exército Walter Sousa Braga Netto, comandante do Comando Militar do Leste (CML), como interventor. Braga Netto terá o controle sobre a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros. A medida é restrita à área de Segurança.
Já em frente ao Palácio Guanabara, um grupo de cerca de 20 pessoas aprovadas em concursos passados para a Polícia Militar (PM) e para o Corpo de Bombeiros aproveitou a presença das autoridades no local para fazer um protesto. Os manifestantes não chegaram a fechar a rua, mas carregam faixas, com frases como "Chega de enganação, queremos nossa convocação". O grupo representa cerca de 4 mil aprovados em concursos passados, mas que não foram convocados por causa da crise fiscal do governo do Rio.