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Telebras e Fifa irão se reunir para discutir pagamentos

Para o ministro Paulo Bernardo, o acordo ainda não saiu e "eles (a Fifa) colocam quase tudo como sendo infraestrutura"


	A Telebras é responsável por oferecer a infraestrutura para o evento, sendo que aquilo que for considerado “serviço” deverá ser pago pela Fifa à Telebras
 (Flickr)

A Telebras é responsável por oferecer a infraestrutura para o evento, sendo que aquilo que for considerado “serviço” deverá ser pago pela Fifa à Telebras (Flickr)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 13h47.

São Paulo - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta segunda, 8, que tem uma reunião na próxima semana com os representantes da Fifa acerca do serviços que serão prestados pela Telebras-Copa na Copa do Mundo de 2014. Telebras e Fifa ainda não se acertaram em relação aos serviços que a Fifa deverá contratar e, portanto, pagar à Telebras. Pelo acordo, a Telebras é responsável por oferecer a infraestrutura para o evento, sendo que aquilo que for considerado “serviço” deverá ser pago pela Fifa à Telebras. “Eles colocam quase tudo como sendo infraestrutura”, disse o ministro em conversa com jornalistas na sessão de abertura da 14ª Futurecom, que acontece esta semana no Rio de Janeiro.

Em seu discurso, Paulo Bernardo falou da licitação das faixas de 2,5 GHz/450MHz, que trará a quarta geração da telefonia móvel ao mesmo tempo que estimulará a indústria nacional. “Havia polêmica grande, as pessoas diziam que o 3G não está implantado em todo o Brasil, mas acho que acertamos em cheio porque o 3G vai continuar a se expandir. Não queremos esperar a tecnologia amadurecer nos países que são criadores para depois a gente usar”, disse ele. Para o ministro, a tecnologia 4G terá uma rápida adoção pelos brasileiros e ajudará a desafogar a rede 3G.

O ministro aproveitou a reunião das principais lideranças do setor para provocar aqueles representantes da indústria que criticaram a política de estímulo à tecnologia nacional. “Havia polêmica se teríamos produção suficiente ou não, mas estamos percebendo que várias empresas gigantes do setor vieram para cá para fazer pesquisa e desenvolvimento”, afirma.

Paulo Bernardo mencionou o Regime Especial para a construção de redes de banda larga, cujo decreto regulamentador deverá sair nos “próximos dias”. Ele também mencionou a desoneração do Fistel para os equipamentos de comunicação entre máquinas (M2M). De acordo com projeção da GSMA, o Brasil deverá chegar a 2014 com 120 milhões de dispositivos conectados, o dobro do que existe hoje.

Na negociação da medida com os outros órgãos do governo, o que pesou para que fosse aprovada foi o fato de que o mercado de M2M ainda é pequeno e por isso a arrecadação é baixa. “Esse argumento foi decisivo. Se não desonerar agora, não desonera mais”, afirma ele.

O ministro também falou da polêmica em torno do Marco Civil da Internet que está parado no Congresso, já que não se chegou a um texto de consenso em relação à neutralidade de rede. “É o direito de ir e vir do ponto de vista virtual, mas há um debate econômico importantíssimo. Temos que buscar uma solução para ambas as partes”.

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