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Taxa de ocupação em UTI alcança nível ‘crítico’ em um estado e 4 capitais

A explosão de casos provocada pela variante Ômicron já pressiona os serviços de saúde

Segundo a nota da Fiocruz, há uma mudança nas taxas de ocupação de leitos de terapia intensiva (TARSO SARRAF/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de janeiro de 2022 às 14h19.

Última atualização em 13 de janeiro de 2022 às 14h20.

As taxas de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para a covid-19 alcançaram nível de alerta "crítico" em um Estado e quatro capitais do Brasil. Os dados são de uma nota técnica divulgada nesta quarta-feira, 12, pelo Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz ( Fiocruz ). A explosão de casos provocada pela variante Ômicron e pelas festas de fim de ano já pressiona os serviços de saúde.

Segundo a nota da Fiocruz, há uma mudança nas taxas de ocupação de leitos de terapia intensiva. Pernambuco (82%) e as capitais Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) entraram na zona de alerta crítico.

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Com taxas um pouco menores de ocupação, oito Unidades da Federação estão em alerta intermediário: Pará, Tocantins, Piauí, Ceará, Bahia, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal. Também se encontram nesta situação as capitais Porto Velho, Macapá, Maceió, Salvador, Vitória e Brasília.

Apesar do aumento na ocupação de UTI, a Fiocruz ressalta que o número de leitos para a covid-19 é menor agora e que a quantidade absoluta de internações em UTI não se compara aos números verificados durante a segunda onda da doença, no primeiro semestre do ano passado. Em agosto, leitos para a covid-19 começaram a ser desmobilizados por causa do arrefecimento da pandemia.

Em Pernambuco, por exemplo, dos 857 leitos para covid-19, 703 estão ocupados agora. Em agosto passado, o Estado tinha 1.460 leitos disponíveis e 686 internações. No Pará, há 201 leitos e 143 pacientes internados - em agosto, o Estado tinha à disposição 341 leitos. No Estado de São Paulo, houve alta de 58% no número de pessoas internadas em UTI por síndromes respiratórias nas duas últimas semanas.

Crescimento

A Fiocruz alerta, porém, que o número de casos novos de covid-19 deve atingir níveis "muito mais elevados" nas próximas semanas, pressionando a demanda por serviços de saúde. Nesta quarta-feira foram contabilizados 88,4 mil novas infecções pela covid-19 em apenas 24 horas no Brasil. Esse número não era tão alto desde setembro.

Especialistas apontam que a vacinação cumpre um papel importante para reduzir quadros graves da doença, mas a alta transmissibilidade da variante Ômicron provoca um volume tão alto de infecções que, inevitavelmente, deve levar mais pessoas a buscarem atendimento médico.

"No cenário atual, com alta transmissibilidade e infecções, e grande crescimento do número de casos e de demanda por serviços de saúde, é fundamental o fortalecimento de medidas de prevenção com a obrigatoriedade de uso de máscaras em locais públicos, a exigência do passaporte vacinal e o estímulo ao distanciamento físico e higiene constante das mãos", completa a nota da Fiocruz.

Nesta quarta-feira, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) encaminhou um ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com pedidos para que o governo federal reconheça publicamente a existência de nova onda de covid-19 provocada pela disseminação da variante Ômicron no País e estabeleça medidas de apoio aos Estados e municípios diantes do avanço da doença.

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