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Senadores citados em nova fase da Lava Jato se manifestam

Os alvos desta etapa não são políticos, mas pessoas ligadas a Renan Calheiros, Humberto Costa, Eunício Oliveirae Valdir Raupp

PF: essa é a primeira operação cumprida a partir de autorização do STF com base no que foi delatado pelos executivos da Odebrecht (Ueslei Marcelino/Reuters)

PF: essa é a primeira operação cumprida a partir de autorização do STF com base no que foi delatado pelos executivos da Odebrecht (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2017 às 13h22.

Brasília - Senadores citados na nova fase da Operação Lava Jato deflagrada na manhã desta terça-feira, 21, se manifestaram sobre a investigação - que usa trechos das delações de 78 executivos da Odebrecht, que foram homologadas em 30 de janeiro.

Essa é a primeira operação cumprida a partir de autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) com base no que foi delatado pelos executivos da Odebrecht.

A operação foi autorizada pelo Supremo por envolver alvos ligados a autoridades com foro privilegiado. Os alvos desta etapa não são políticos, mas pessoas ligadas aos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Humberto Costa (PT-PE), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

Em nota divulgada na manhã desta terça, o advogado do presidente do Senado, Eunício Oliveira, diz que "o senador tem a convicção que a verdade dos fatos prevalecerá", em relação a nova fase da Lava Jato no STF que faz buscas em endereços de pessoas ligadas ao peemedebista.

O texto assinado pelo criminalista Aristides Junqueira afirma ainda que o parlamentar "autorizou que fossem solicitadas doações, na forma da lei, à sua campanha ao governo do Estado do Ceará", em 2014.

O texto afirma ainda que a abertura de inquéritos contra o senador no Supremo Tribunal Federal para apurar "versões de delatores" é o caminho natural do rito processual.

A assessoria de Renan Calheiros informou que ninguém que trabalha com o senador em Brasília ou em Alagoas é alvo da operação deflagrada nesta terça-feira.

O senador Humberto Costa, por meio de sua assessoria, também se manifestou. "Humberto Costa (PT-PE), esclarece que a Polícia Federal já solicitou o arquivamento do inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) por não encontrar qualquer evidência de irregularidade ao longo de dois anos de extensa investigação.

O senador está certo de que a ação de hoje vai corroborar a apuração realizada até agora, que aponta para o teor infundado da acusação e da inexistência de qualquer elemento que desabone a sua vida pública", diz a nota.

O espaço está abeto para a manifestação do senador Valdir Raupp.

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