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Se eleito, Aécio quer revisar contratação de médicos cubanos

Programa Mais Médicos foi implantado pelo governo em 2013 e conta, entre outras nacionalidades, com médicos cubanos

Aécio Neves: candidato do PSDB à presidência afirmou que, se eleito, pretende revisar contrato de cubanos no Mais Médicos (Orlando Brito / PSDB)
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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 17h24.

São Paulo - O candidato presidencial Aécio Neves , principal rival da presidente Dilma Rousseff nas eleições de outubro, anunciou nesta quarta-feira que, caso seja eleito, revisará a contratação de médicos cubanos dentro do Mais Médicos , implementado pelo governo em 2013.

"Vamos manter o programa Mais Médicos, mas com novas regras, sem aceitar as impostas por Cuba", disse Aécio ao expor seus programas de governo em um evento organizado pelo jornal " Folha de S. Paulo ", a rádio "Jovem Pan", o site " UOL " e a emissora " SBT ".

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Com a declaração, a contratação dos médicos estrangeiros ganha corpo no início da campanha eleitoral, uma vez que é um dos principais trunfos da campanha do PT.

O senador, ex-governador de Minas Gerais e segundo nas enquetes atrás de Dilma, questionou o acordo do governo brasileiro com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) para a atuação de 11 mil cubanos em cidades isoladas e áreas urbanas carentes de atendimento médico.

Neves disse que, se for eleito, manterá o programa Mais Médicos, mas obrigará os profissionais estrangeiros ou brasileiros diplomados no exterior a passar pelo exame para revalidar seu diploma em território brasileiro.

Dos 15 mil estrangeiros contratados até o momento, aproximadamente 11 mil são cubanos, segundo informou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Saúde.

Cada estrangeiro ganha US$ 4.200 por um contrato de três anos, embora os cubanos não recebam seu salário diretamente, mas do governo de Havana, que lhes repassa apenas US$ 1.245, segundo a fonte.

Para Aécio, o que o atual governo faz é "financiar" o governo cubano com esta equação sobre os salários.

O Mais Médicos foi criticado pelas entidades profissionais de vários estados que tentaram bloquear na Justiça o programa social pelo fato de exigir dos contratados um teste específico, ao invés do tradicional exame de revalidação do diploma.

A Associação Médica Brasileira (AMB) chegou a apelar ao Supremo Tribunal Federal para bloquear o Mais Médicos, mas a máxima corte do país deu sinal verde ao plano do governo.

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