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Salles demite presidente do ICMBio por divergências sobre Pantanal

Saída abrupta do cargo está atrelada a divergências ocorridas entre Giorge Cerqueira e Ricardo Salles, por causa dos incêndios na região

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Giorge Cerqueira: ex-presidente é ex-comandante da Polícia Militar Ambiental de São Paulo e estava à frente do órgão desde abril do ano passado (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Giorge Cerqueira: ex-presidente é ex-comandante da Polícia Militar Ambiental de São Paulo e estava à frente do órgão desde abril do ano passado (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de agosto de 2020 às, 11h03.

Última atualização em 21 de agosto de 2020 às, 13h00.

O coronel Homero de Giorge Cerqueira foi exonerado da presidência do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal responsável pela proteção de todas as florestas protegidas federais. A exoneração está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 21 que ainda não traz o nome do substituto.

Cerqueira, que é ex-comandante da Polícia Militar Ambiental de São Paulo, estava à frente do órgão desde abril do ano passado, após ser chamado para comandar a autarquia pelo ministro do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ricardo Salles. Sua nomeação fazia parte de um processo de militarização de postos de comando encampado por Salles.

A saída abrupta do cargo está atrelada a divergências ocorridas entre Cerqueira e Ricardo Salles, por causa dos incêndios que se alastram pela região do Pantanal. Nesta quinta-feira, 20, os dois se reuniram com outros servidores para conversarem sobre compensações ambientais. Após esse encontro, seguiram ambos em uma reunião. No fim da noite, Salles decidiu demiti-lo.

Cerqueira assumiu o posto depois que o então presidente do órgão Adalberto Eberhard, entregou seu pedido de exoneração a Salles, após o ministro fazer acusações sobre a atuação de técnicos do órgão, durante uma reunião com produtores rurais do Rio Grande do Sul.

Coube a Homero Cerqueira fazer nomeações de mais militares para assumir comandos regionais do ICMBio, além de pessoal sem perfil técnico para o cargo. Em agosto do ano passado, mais de 350 servidores do instituto chegaram a divulgar uma carta de protesto. No documento, os funcionários públicos pediam o "fim à política de assédio e intimidação de servidores, envolvendo, entre outras estratégias, as remoções de cunho punitivo, o cerceamento à livre manifestação, além de críticas e insultos às instituições e servidores por parte do alto escalão do governo federal".

O ICMBio é o órgão responsável por gerir as unidades de conservação federais - são 334 unidades, que compreendem cerca de 9% do território terrestre e 24,4% do território marinho do Brasil. O órgão é responsável também por 14 centros de pesquisa e conservação de espécies.

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