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Réveillon de 2021 tem ruas e praias vazias em todo o Brasil

Mesmo com as restrições, houve aglomerações em locais específicos, mas nada perto das festas em anos anteriores

 (AFP/AFP)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 1 de janeiro de 2021 às 11h06.

Última atualização em 1 de janeiro de 2021 às 11h43.

As restrições pelo novo coronavírus mudaram a dinâmica da comemoração do Ano-Novo em várias cidades do país. O réveillon em meio à pandemia de covid-19 foi marcado por restrições, pouca gente na rua e menos queima de fogos.

Acessos a praias e espaços que antes ficavam lotados foram fechados, shows foram cancelados e as principais festas foram transmitidas apenas pela televisão. Mesmo com as restrições, houve aglomerações em locais específicos, mas nada perto das reuniões em anos anteriores.

Rio de Janeiro

Não houve a tradicional queima de fogos nem shows na praia de Copacabana. Devido a medidas restritivas da prefeitura, a orla foi ocupada apenas por pequenos grupos de familiares e amigos, movimentação bem diferente dos anos anteriores, quando lotava desde cedo. Pouco antes da meia-noite, moradores e pessoas hospedadas em Copacabana começaram a descer dos apartamentos e se encontrar na areia.

Os acessos à praia foram bloqueados às 20h da quinta-feira, 31, para evitar aglomerações, inclusive com redução da circulação de transporte público. A prefeitura restringiu o acesso à orla do Leme, na zona sul, ao Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste. A queima de fogos foi proibida, assim como a entrada de ônibus e vans.

São Paulo

A virada de ano na capital de São Paulo também foi de pouco movimento nas ruas. A Avenida Paulista, tradicional ponto de encontro no réveillon, ficou praticamente vazia. Além da festa cancelada, não teve nem mesmo a corrida de São Silvestre, pela manhã, pela primeira vez em quase 100 anos. Pequenos grupos de pessoas passaram pela Paulista para celebrar o Ano-Novo. A Polícia Militar reforçou a segurança para garantir que não haveria aglomeração.

Salvador

Em Salvador, também não houve festas públicas, mas a prefeitura organizou shows de fogos, que foram transmitidos pela internet. O principal foi na Praça Cairu, mas outros 20 locais também tiveram queima de fogos. Os lugares não foram divulgados para evitar aglomerações. O movimento nas praias foi baixo, com pequenos grupos de pessoas em alguns locais.

A prefeitura bloqueou o acesso à praia da Barra, onde as pessoas costumam se reunir no réveillon, e restringiu o comércio na orla. O acesso a todas as praias foi proibido nesta sexta-feira, 1º.

Brasília

Na capital do país, as festas tradicionais também foram deixadas para depois, para conter o avanço do novo coronavírus. O governo local cancelou as comemorações na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Orixás. Também não houve queima de fogos oficial na cidade. Moradores aproveitaram a decoração iluminada no Eixo Monumental, na Torre de TV e na Esplanada para celebrar a virada do ano. 

Recife

Na capital de Pernambuco, a movimentação também foi atípica, com praias vazias, sem shows e sem fogos. A praia de Boa Viagem, onde  ocorrem as comemorações mais tradicionais, ficou vazia. O governo do estado cancelou as festas de Natal e de Ano-Novo por causa da pandemia. Já a prefeitura proibiu comércio e colocação de cadeiras, mesas, caixas térmicas e som na faixa de areia e no calçadão.

Florianópolis

As festas públicas também foram canceladas na capital de Santa Catarina. Os fogos de artifício ficaram por conta dos moradores e turistas, sem shows pirotécnicos oficiais. As praias não tiveram muito movimento. Perto da cidade, em Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina, tinha mais gente na rua. A faixa de areia ficou cheia em alguns momentos, durante a noite.

João Pessoa

Na capital da Paraíba, as restrições da prefeitura não tiveram o efeito esperado. Mesmo com a proibição, grupos de pessoas levaram tendas, mesas e cadeiras para a orla da praia, já que não houve fiscalização. O número de pessoas nas ruas, entretanto, foi bem menor do que nos anos anteriores. Apesar de alguns pontos de aglomeração, não houve festas públicas nem queima de fogos oficiais.

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