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Repercussões: Castello não sabia da demissão; deputados apontam perdas bilionárias para Petrobras

O presidente Jair Baolsonaro não comunicou Roberto Castello Branco de sua demissão. Parlamantares reagem em redes sociais e acusam interferência na gestão da estatal

Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras: Bolsonaro demitiu o executivo sem comunicá-lo (Sergio Moraes/Reuters)
FS

Fabiane Stefano

Publicado em 19 de fevereiro de 2021 às 20h29.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2021 às 21h14.

O agora ex-presidente da Petrobras , Roberto Castello Branco, não foi comunicado pelo presidente Jair Bolsonaro de sua demissão, apurou EXAME com fontes da estatal. Na noite desta sexta-feira, 19, o Ministério de Minas e Energia divulgou uma nota anunciando o general Joaquim Silva e Luna como novo presidente da Petrobras. Bolsonaro publicou a nota em suas redes sociais.

Castello Branco, que está em regime de home office em sua casa em Petropólis, região serrana do Rio, havia deixado claro que não pediria demissão do cargo diante da crise instalada pelo aumento do preço da gasolina.

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A Petrobrasanunciou na quinta-feira, 18, mais um reajuste nos preços dos combustíveis . Segundo a estatal, a partir desta sexta-feira, os preços médios nas refinarias são de R$ 2,48 por litro para a gasolina e R$ 2,58 por litro para o diesel. Trata-se do quarto aumento do ano nos preços da gasolina e o terceiro no diesel.

Bolsonaro havia dado sinais de que poderia intervir na Petrobras em sua live semanal, na quinta-feira, 18. Insatisfeito com o aumento de preços “fora da curva” promovido pela companhia, o chefe do Executivo disse que “alguma coisa vai acontecer” com a estatal nos próximos dias. Desde o início das ameaças de uma nova greve dos caminhoneiros, o presidente tem alternado entre falas favoráveis ao livre mercado e discursos intervencionistas.

Parlamentares reagiram nas redes sociais sobre a troca de comando na Petrobras nas redes sociais:

Mas há quem no Congresso apoie a decisão de Bolsonaro, mesmo em partidos da oposição. "Até o governo Temer, o país esperava os reajustes nos preços internacionais dos combustíveis se consolidar para daí promover reajustes. Se o novo presidente da Petrobras adotar esse tipo de política, poderemos ter avanços que favoreçam os brasileiros", diz o senador Jean Paul Prates (PT/Rio Grande do Norte).

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