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René Pereira alega sua inocência e ameaças sofridas ao depor

Condenado da Lava Jato diz ter sido ameaçado por policiais federais que tomaram seu depoimento após prendê-lo

Antes de René Pereira, os integrantes da CPI da Petrobras ouviram a doleira Nelma Kodama (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2015 às 19h36.

Brasília - Condenado em primeira instância por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, René Pereira – um dos alvos da Operação Lava Jato - disse, hoje (12), em Curitiba, que foi ameaçado por policiais federais que tomaram seu depoimento após prendê-lo.

Sem fornecer detalhes que sustentassem sua alegação, Pereira disse ser inocente de todas as acusações apresentadas contra ele. A Operação Lava Jato investiga desvio de recursos da Petrobras .

“Estou condenado por algo que a PF colocou [no inquérito policial] e disse que seria assim. Agora, de nada adianta eu delatar o que houve dentro da PF porque não tenho provas. Porque só foi gravado aquilo que interessa à PF. As ameaças que sofri não foram gravadas”, disse Pereira, ao prestar depoimento a deputados federais que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.

“Não participei de nada do que está sendo colocado nas investigações. O tráfico de que estou sendo acusado não existe”, comentou Pereira, apontado como responsável por uma carga de 698 quilos de cocaína apreendida em novembro do ano passado em Araraquara (SP).

Incentivado por parlamentares a explicar as ameaças que afirma ter sofrido, Pereira disse ter sido orientado por seu advogado a guardar as informações para sua defesa.

A estratégia de Pereira foi criticada por deputados que, sem sucesso, tentaram demovê-lo da ideia de não responder à maioria das perguntas. A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria da PF, que ainda não comentou o assunto.

Durante seu depoimento, Pereira se limitou a declarar inocência e afirmar que só conheceu os demais acusados de participação nos fatos investigados na Operação Lava Jato após ter sido detido e conduzido à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR).

Pereira declarou que, até ser preso, não conhecia o doleiro Carlos Habib Charter. Como Charter, Pereira mora em Brasília. Os dois foram condenados em um mesmo processo que apurava o tráfico internacional de drogas. Pereira por tráfico e Charter por lavagem de dinheiro.

Carlos Habib Charter recorreu da sentença, mas a apelação ainda não foi julgada. Ainda durante o depoimento de hoje, Pereira disse que jamais teve vínculo com políticos nem operou recursos de campanhas.

Antes de Pereira, os integrantes da CPI da Petrobras ouviram a doleira Nelma Kodama. Ela disse estar negociando com a Justiça Federal um acordo de delação premiada.

A expectativa é de que sejam ouvidos, ainda hoje, os ex-deputados Luiz Argôlo, Pedro Corrêa e André Vargas, e o doleiro Carlos Habib Chater.

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Brasília - Condenado em primeira instância por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, René Pereira – um dos alvos da Operação Lava Jato - disse, hoje (12), em Curitiba, que foi ameaçado por policiais federais que tomaram seu depoimento após prendê-lo.

Sem fornecer detalhes que sustentassem sua alegação, Pereira disse ser inocente de todas as acusações apresentadas contra ele. A Operação Lava Jato investiga desvio de recursos da Petrobras .

“Estou condenado por algo que a PF colocou [no inquérito policial] e disse que seria assim. Agora, de nada adianta eu delatar o que houve dentro da PF porque não tenho provas. Porque só foi gravado aquilo que interessa à PF. As ameaças que sofri não foram gravadas”, disse Pereira, ao prestar depoimento a deputados federais que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.

“Não participei de nada do que está sendo colocado nas investigações. O tráfico de que estou sendo acusado não existe”, comentou Pereira, apontado como responsável por uma carga de 698 quilos de cocaína apreendida em novembro do ano passado em Araraquara (SP).

Incentivado por parlamentares a explicar as ameaças que afirma ter sofrido, Pereira disse ter sido orientado por seu advogado a guardar as informações para sua defesa.

A estratégia de Pereira foi criticada por deputados que, sem sucesso, tentaram demovê-lo da ideia de não responder à maioria das perguntas. A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria da PF, que ainda não comentou o assunto.

Durante seu depoimento, Pereira se limitou a declarar inocência e afirmar que só conheceu os demais acusados de participação nos fatos investigados na Operação Lava Jato após ter sido detido e conduzido à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR).

Pereira declarou que, até ser preso, não conhecia o doleiro Carlos Habib Charter. Como Charter, Pereira mora em Brasília. Os dois foram condenados em um mesmo processo que apurava o tráfico internacional de drogas. Pereira por tráfico e Charter por lavagem de dinheiro.

Carlos Habib Charter recorreu da sentença, mas a apelação ainda não foi julgada. Ainda durante o depoimento de hoje, Pereira disse que jamais teve vínculo com políticos nem operou recursos de campanhas.

Antes de Pereira, os integrantes da CPI da Petrobras ouviram a doleira Nelma Kodama. Ela disse estar negociando com a Justiça Federal um acordo de delação premiada.

A expectativa é de que sejam ouvidos, ainda hoje, os ex-deputados Luiz Argôlo, Pedro Corrêa e André Vargas, e o doleiro Carlos Habib Chater.

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