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PSR eleva risco de racionamento de energia para 18,5%

Consultoria subiu de 17,5 para 18,5 por cento o risco de racionamento de energia superior a 4 por cento da demanda no Brasil em 2014


	Cabos de transmissão de energia elétrica: em meados de fevereiro, a PSR tinha divulgado que o risco de racionamento era de 17,5 por cento
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Cabos de transmissão de energia elétrica: em meados de fevereiro, a PSR tinha divulgado que o risco de racionamento era de 17,5 por cento (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 21h16.

São Paulo - A consultoria PSR, uma das principais do setor elétrico do país, subiu de 17,5 para 18,5 por cento o risco de racionamento de energia superior a 4 por cento da demanda no Brasil em 2014.

"A diferença se deve à piora da vazão prevista pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para o mês de fevereiro, que antes era de 48 por cento da média histórica (MLT) e agora é 46 por cento da MLT", afirmou o presidente da consultoria Mario Veiga Pereira, por e-mail.

Em meados de fevereiro, a PSR tinha divulgado que o risco de racionamento era de 17,5 por cento, identificando também deficiências na infraestutura do setor elétrico do país.

As ações das empresas elétricas têm sofrido forte queda, pressionadas por preocupações sobre racionamento de energia, gastos com termelétricas e impacto sobre as empresas do setor.

Analistas do Morgan Stanley liderados por Guilherme V. Paiva escreveram em relatório nesta semana que, em caso de racionamento de energia, o segmento de transmissão é o único porto-seguro no setor elétrico, e que Cemig deve ser uma das menos afetadas entre as monitoradas pelo banco no país.

"As companhias mais vulneráveis ao racionamento de energia são Usiminas, Minerva, Gerdau, Duratex e M. Dias Branco. Nomes do setor de celulose não devem ser impactados", afirmaram.

O nível dos reservatórios das hidrelétricas da região Sudeste/Centro-Oeste, os mais importantes para abastecimento do país, estão em níveis quase tão baixos quanto os do final de fevereiro de 2001, ano de racionamento, e mostram depreciação desde janeiro, em período em que deveriam encher.

Diante disso, as termelétricas do país estão fortemente acionadas para atender a demanda, colaborando para elevar o preço de energia de curto prazo, gastos das distribuidoras de eletricidade e possibilidade de aumento na conta do consumidor.

"No segmento de distribuição, acreditamos que a Copel é a mais exposta ao mercado de curto prazo, com cerca de 13 por cento de descontratação, seguida pela Light, com 6 por cento", disseram analistas em trecho do relatório do Morgan Stanley.

Os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste estão a 35,36 por cento de armazenamento e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que eles devem chegar a 43 por cento ao final de abril para garantir o abastecimento de energia no ano.

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