PSB descarta prévias e renova convite a Barbosa
Parlamentares do partido acreditam de que uma candidatura de "alguém de fora da política" teria "muito êxito" na próxima disputa presidencial
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 08h03.
Brasília - O PSB intensificou a investida para ter o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa como candidato do partido à Presidência da República em 2018.
Embora ainda mantenha indefinida a possibilidade de concorrer no ano que vem, Barbosa tem indicado que deverá se filiar até o fim de fevereiro ou início de março.
Na segunda-feira, 11, durante reunião com uma comitiva de deputados federais do PSB, o ex-presidente do Supremo disse que está "atento aos prazos eleitorais" e fez consultas sobre o "campo de alianças" do partido.
"Nós falamos que o tempo da legislação é um e o tempo para fazer política é outro. Se deixar para definir em abril pode ficar tardio", disse o líder na Câmara, Júlio Delgado (MG).
Porém, os parlamentares deixaram o encontro, no escritório do ex-ministro, em São Paulo, convencidos de que ele está construindo uma "pauta de presidenciável" e acompanhando de perto os temas nacionais.
Dirigentes da sigla já haviam procurado Barbosa recentemente para minimizar manifestações de resistência ao seu nome feitas por alguns integrantes da legenda.
Garantiram a ele que não há possibilidade de prévias no partido. "Isso nunca aconteceu", afirmou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
A reunião de segunda-feira foi pedida pelos parlamentares, com aval de Siqueira. O encontro contou com a presença de oito dos 33 integrantes da bancada na Câmara.
Os parlamentares relataram ao ex-ministro do STF a crença de que uma candidatura de "alguém de fora da política" teria "muito êxito" na próxima disputa presidencial.
Barbosa contou que teve encontros recentes com o apresentador Luciano Huck, que anunciou que não irá concorrer.
Delgado ressaltou que o ex-ministro também questionou os deputados sobre o financiamento eleitoral. "Ele perguntou como será enfrentar candidatos de grandes oligarquias, com alto poder econômico. Dissemos que isso não era o principal desafio."
Contatado nesta terça-feira, 12, Barbosa não quis comentar. Ele também mantém diálogo com a Rede, da ex-ministra Marina Silva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.