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Promotoria investiga cúpula da PMERJ por cobrança de propina

Segundo denúncia, todos os batalhões da Polícia Militar pagavam cerca de R$ 15 mil por mês ao Estado-Maior


	Polícia Militar do Rio de Janeiro: denúncia partiu de um oficial detido na semana passada
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Polícia Militar do Rio de Janeiro: denúncia partiu de um oficial detido na semana passada (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 22h49.

Rio de Janeiro - A 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria de Justiça Militar anunciou nesta quinta-feira a abertura de um procedimento investigatório criminal militar para averiguar a suposta cobrança de propina por parte do Estado-Maior da Polícia Militar do Estado Rio de Janeiro (PMERJ).

A denúncia partiu de um oficial detido na semana passada em uma operação contra dezenas de policiais corruptos em Bangu, na zona norte do Rio.

O oficial denunciou que todos os batalhões da PM pagavam cerca de R$ 15 mil por mês ao Estado-Maior, segundo um comunicado da promotoria.

O dinheiro procedia, segundo a investigação, de propina cobrada pelos policiais a empresas de transporte e comerciantes para que ignorassem as irregularidades cometidas pelos empresários.

Entre os investigados pela promotoria estão os três oficiais de maior categoria na lista: o comandante-geral da PM, coronel José Luis Castro Menezes; o chefe do Estado-Maior Operacional, coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes; e o chefe do Estado-Maior Administrativo, coronel Ricardo Coutinho Pacheco.

A 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria de Justiça Militar decretou o sigilo dos autos de instrução do caso.

No último dia 15, foram detidos 24 policiais, entre eles cinco oficiais, suspeitos de cobrar propina de comerciantes e de empresas de transporte irregular na região de atuação do 14º Batalhão da Polícia Militar (Bangu).

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