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Procuradoria acusa operador por dificultar Lava Jato

A Força-Tarefa da Lava Jato denunciou operador de propina e sua esposa pelo crime de embaraço à investigação de organização criminosa


	Operação Lava Jato: fatos teriam ocorrido durante a nona etapa da Lava Jato
 (Divulgação / Polícia Federal)

Operação Lava Jato: fatos teriam ocorrido durante a nona etapa da Lava Jato (Divulgação / Polícia Federal)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2015 às 17h36.

São Paulo - A Força-Tarefa da Lava Jato denunciou na noite desta quarta-feira, 29, o executivo Guilherme Esteves de Jesus, apontado como operador de propina, e sua esposa, Lilia Loureiro Esteves de Jesus, pelo crime de embaraço à investigação de organização criminosa.

A informação foi divulgada pelo Ministério Público Federal nesta quinta-feira, 30.

Os fatos teriam ocorrido durante a nona etapa da Lava Jato, segundo a denúncia, deflagrada no dia cinco de fevereiro e que teve como objetivo coletar provas de desvios ocorridos na diretoria de Serviços da Petrobras, que teriam a participação de onze operadores, entre eles o tesoureiro nacional do PT, Vaccari Neto.

De acordo com a denúncia, na ocasião, quando a Polícia Federal cumpria mandato de busca e apreensão na residência Guilherme Esteves, sua esposa, Lilia, após responder aos policiais pelo interfone, atrasou a equipe policial afirmando que prenderia os cachorros.

Em seguida, juntamente com seu marido, reuniu provas e dinheiro, e fugiu pela porta dos fundos.

De acordo com o MPF, toda a cena foi gravada em circuitos internos de TV, cujos vídeos estão anexados na denúncia.

Guilherme Esteves, preso preventivamente na nona etapa da operação, é acusado de ter lavado propinas pagas pelo Estaleiro Jurong e destinadas a Pedro Barusco, Renato Duque, ao Partido dos Trabalhadores e a funcionários da Sete Brasil. Muitos desses pagamentos ocorreram mediante depósitos no exterior, em contas em nome de empresas offshores, o que será objeto de acusação autônoma.

A pena para o crime de embaraço à investigação de organização criminosa qualificado é de 3 anos e 6 meses até 13 anos e 4 meses de prisão.

O MPF pediu a condenação, ainda, a uma indenização no valor de R$ 200 mil.

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