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Por covid-19, Bruno Covas cancela Réveillon na Avenida Paulista em 2020

A tradicional festa de ano novo reúne 1 milhão de pessoas e, segundo o prefeito, é muito temerário organizar um evento deste tipo

Última festa foi no réveillon de 2019 para 2020. (Marcelo Pereira/SECOM/Reprodução)
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Clara Cerioni

Publicado em 17 de julho de 2020 às 13h24.

Última atualização em 17 de julho de 2020 às 14h07.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decidiu cancelar a festa de Réveillon de 2020 para 2021 realizada na Avenida Paulista. O evento acontece desde 1996 na famoso ponto turístico da capital.A medida foi anunciada nesta sexta-feira, 17, e pode impactar também outros grandes eventos, como a Parada do Orgulho LGBT+ e a Marcha para Jesus.

"Tanto a prefeitura quanto o governo do estado entendem como muito temerário organizar um evento para 1 milhão de pessoas na Avenida Paulista para dezembro deste ano. É um evento que requer uma organização de pelo menos três meses, envolve patrocínio, agenda de artistas, pacotes de hotéis", disse covas em entrevista coletiva nesta sexta-feira 17.

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Ainda de acordo com o prefeito, a preocupação é que um evento deste tamanho possa aumentar ainda mais o contágio doSARS-CoV-2.

A cidade de São Paulo é a mais atingida pela covid-19 em todo o país, com 162.242 casos confirmados e 8.585 mortes. A capital está na fase 3 do Plano São Paulo, diretriz do governo estadual que estabelece o nível da quarentena, e eventos só são permitidos na fase 5, quando há a volta total da atividade econômica.

Virada Cultural online e Parada corre risco de não sair

Outro evento organizado pela prefeitura, a Virada Cultural terá uma edição virtual em 2020. O evento estava previsto para maio e tinha sido transferido para setembro. Covas não deu detalhes sobre uma nova data ou como será a organização.

A Parada do Orgulho LGBT+ e a Marcha para Jesus, que foram transferidas de junho para novembro, correm o risco de não serem realizadas em 2020. O prefeito disse que tem conversado com os organizadores para saber se os dois eventos, que reúnem milhões de pessoas, serão realizados.

Sobre o Carnaval, Bruno Covas disse que dialoga com as Escolas de Samba de São Paulo para estudar um possível adiamento da festa. "A organização leva, pelo menos, seis meses e estamos levando isso em consideração. A gente quer antecipar o máximo possível esta decisão", disse ele nesta sexta em entrevista no Palácio dos Bandeirantes.

Na quarta-feira, 15, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que a festa de Réveillon e o Carnaval no estado só serão realizados quando houver uma vacina.

“Não é hora de festas, encontros e celebrações. Nós não temos de celebrar o ano novo nem o Carnaval diante de uma pandemia. Apenas com uma vacina pronta, aplicada e a imunização feita é que poderemos ter festas que fazem parte do calendário do país, mas neste momento, não”, afirmou o governador.

Eventos de automobilismo e motociclismo

O governo do estado de São Paulo divulgou nesta sexta-feira um protocolo de segurança sanitária para a realização de eventos de automobilismo, como a Fórmula 1, e de motociclismo. Somente regiões na fase amarela 3 que podem ter este tipo de evento. A capital paulista, por exemplo, se encontra nesta fase.

Dentre as regras, os eventos não poderão ter a presença de público, o uso de máscara pelas equipes é obrigatório, além do uso de álcool em gel.

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