População de idosos com mais de 100 anos subiu 55% em 12 anos, revela Censo 2022
São mais de 13 mil centenários em comparação com os dados do Censo de 2010
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 28 de outubro de 2023 às 10h00.
Os dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que o Brasil envelheceu . Um dos pontos do estudo que mostram a maior longevidade da população é o número de centenários.
A pesquisa mostra que o país tem 37.814 idosos com 100 anos ou mais, cerca de 13 mil a mais do que foi registado no Censo de 2010, quando o país tinha 24.236 pessoas nesta faixa etária. Apesar de representarem apenas 0,02% do total de 203 milhões de habitantes, o aumento de centenários é mais um fator que reforça o dado geral da pesquisa.
No recorte por região, quase metade dos centenários vivem no Nordeste, cerca de 16.317 pessoas com 100 anos ou mais. Nos estados, a Bahia lidera, seguida por São Paulo. A região Sul do Brasil, que tem o estado com maior proporção de idosos e a cidade mais velha do Brasil, tem 3.502 centenários.
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Veja o número de idosos centenários no Brasil, por Estado, segundo o Censo de 2022:
- Bahia - 5.336;
- São Paulo - 5.095;
- Minas Gerais - 4.104;
- Rio de Janeiro - 2.712;
- Maranhão - 2.470;
- Pernambuco - 2.141;
- Ceará - 1.999;
- Pará - 1.665;
- Rio Grande do Sul - 1536;
- Paraíba - 1.330;
- Paraná - 1.299;
- Rio Grande do Norte - 976;
- Goiás - 903;
- Alagoas - 820;
- Amazonas - 731;
- Piauí - 714;
- Espírito Santo - 678;
- Santa Catarina 667;
- Sergipe - 531;
- Mato Grosso - 492;
- Mato Grosso do Sul - 468;
- Tocantins - 322;
- Distrito Federal - 300;
- Amapá - 163;
- Rondônia - 147;
- Acre - 142;
- Roraima - 73.
Por que a população idosa cresceu no Brasil?
O aumento de idosos e diminuição de crianças são parte da transição demográfica iniciada na década de 1940, quando ocorreu alteração dos altos níveis de mortalidade e fecundidade, para baixos níveis de ambas as componentes demográficas.
As melhores condições sanitárias e avanços na área de saúde diminuíram a mortalidade da população, ao mesmo tempo que a maior urbanização, maior inserção da mulher no mercado de trabalho e avanços no planejamento reprodutivo com uma maior utilização de métodos contraceptivos diminuíram a taxa de nascimento.
"A partir do Censo Demográfico 1991, os nascimentos diminuem de forma constante, alterando o formato clássico da pirâmide etária de um país jovem, para uma pirâmide com o seu meio e topo relativamente mais inchados", justifica a pesquisa.