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PMDB vai apoiar austeridade apesar de disputas, diz Jucá

"As tensões são decorrentes do embate político, mas quando há uma verdade ninguém vai ficar contra os números", disse o senador

Senador Romero Jucá: "as tensões são decorrentes do embate político, mas quando há uma verdade ninguém vai ficar contra os números" (Moreira Mariz/Agência Senado)
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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2015 às 20h00.

Brasília - O PMDB , maior partido da base aliada do governo, vai apoiar a redução da meta de superávit primário e aprovar medidas de austeridade, apesar das tensões políticas, disse à Reuters o senador Romero Jucá (PMDB-RR) na quarta-feira.

Uma das princpais lideranças do partido, Jucá disse que "aplaude" a decisão da presidente Dilma Rousseff de reduzir a meta fundamental para reconstruir a credibilidade.

Crítico das políticas econômicas de Dilma, Jucá disse que está confiante de que seus colegas de partido irão aprovar projetos de lei neste ano para cortar gastos e impulsionar a arrecadação.

"No PMDB temos conversado e o PMDB vai apoiar esta meta, porque isso é o que temos defendido", disse. "As tensões são decorrentes do embate político, mas quando há uma verdade ninguém vai ficar contra os números. Os números são os números. Nós temos que melhorar a situação”, acrescentou.

A crise política vivida entre o governo e a base aliada no Congresso, incluindo o PMDB, ameaça inviabilizar os planos de fortalecer as contas públicas e não perder as classificações de grau de investimentos do Brasil.

A queda de receitas forçou o governo a cortar a meta de superávit primário na quarta-feira de 1,1 por cento para 0,15 por cento do PIB. Esta mudança precisa ser ratificado pelo Congresso.

Senadores da oposição enfraqueceram muitas das medidas de cortes de custo do governo e aprovaram projetos de lei para aumentar as despesas. O próprio Jucá levantou questionamentos no governo quando propôs uma emenda para alterar a meta fiscal no início deste mês.

Ainda assim, Jucá disse que Dilma poderia acalmar preocupações ao agir rapidamente para incluir seus aliados nas decisões de política econômica.

"O governo tem que dialogar, propor, e, principalmente, tem que ouvir muito", disse Jucá, que publicamente apoiou Aécio Neves (PSDB) nas eleições presidenciais do ano passado.

Com recorde de baixa popularidade, Dilma enfrenta uma crise política desencadeada em parte pela investigação de dezenas de parlamentares aliados por supostos envolvimentos no escândalo de corrupção na Petrobras investigado pela operação Lava Jato.

O presidente da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompeu com o governo na semana passada e acusou Dilma de estar conspirando para incriminá-lo no escândalo.

Jucá disse que o Senado vai se mover para aprovar um projeto de lei para repatriar dinheiro que brasileiros possuem no exterior, o que poderia trazer 20 bilhões de reais em receita extra neste ano. Ele disse que um outro projeto para elevar impostos corporativos também irá receber a luz verde de seu partido.

Texto atualizado às 20h00

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Brasília - O PMDB , maior partido da base aliada do governo, vai apoiar a redução da meta de superávit primário e aprovar medidas de austeridade, apesar das tensões políticas, disse à Reuters o senador Romero Jucá (PMDB-RR) na quarta-feira.

Uma das princpais lideranças do partido, Jucá disse que "aplaude" a decisão da presidente Dilma Rousseff de reduzir a meta fundamental para reconstruir a credibilidade.

Crítico das políticas econômicas de Dilma, Jucá disse que está confiante de que seus colegas de partido irão aprovar projetos de lei neste ano para cortar gastos e impulsionar a arrecadação.

"No PMDB temos conversado e o PMDB vai apoiar esta meta, porque isso é o que temos defendido", disse. "As tensões são decorrentes do embate político, mas quando há uma verdade ninguém vai ficar contra os números. Os números são os números. Nós temos que melhorar a situação”, acrescentou.

A crise política vivida entre o governo e a base aliada no Congresso, incluindo o PMDB, ameaça inviabilizar os planos de fortalecer as contas públicas e não perder as classificações de grau de investimentos do Brasil.

A queda de receitas forçou o governo a cortar a meta de superávit primário na quarta-feira de 1,1 por cento para 0,15 por cento do PIB. Esta mudança precisa ser ratificado pelo Congresso.

Senadores da oposição enfraqueceram muitas das medidas de cortes de custo do governo e aprovaram projetos de lei para aumentar as despesas. O próprio Jucá levantou questionamentos no governo quando propôs uma emenda para alterar a meta fiscal no início deste mês.

Ainda assim, Jucá disse que Dilma poderia acalmar preocupações ao agir rapidamente para incluir seus aliados nas decisões de política econômica.

"O governo tem que dialogar, propor, e, principalmente, tem que ouvir muito", disse Jucá, que publicamente apoiou Aécio Neves (PSDB) nas eleições presidenciais do ano passado.

Com recorde de baixa popularidade, Dilma enfrenta uma crise política desencadeada em parte pela investigação de dezenas de parlamentares aliados por supostos envolvimentos no escândalo de corrupção na Petrobras investigado pela operação Lava Jato.

O presidente da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompeu com o governo na semana passada e acusou Dilma de estar conspirando para incriminá-lo no escândalo.

Jucá disse que o Senado vai se mover para aprovar um projeto de lei para repatriar dinheiro que brasileiros possuem no exterior, o que poderia trazer 20 bilhões de reais em receita extra neste ano. Ele disse que um outro projeto para elevar impostos corporativos também irá receber a luz verde de seu partido.

Texto atualizado às 20h00

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