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PM diz que apenas reagiu a ataques da população em Paraisópolis

Polícia Militar também informou que quatro suspeitos foram identificados, mas ninguém foi preso até o momento

Paraisópolis: tragédia em favela paulistana deixou nove mortos neste domingo (C_Fernandes/Getty Images)
RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 1 de dezembro de 2019 às 14h55.

Última atualização em 1 de dezembro de 2019 às 15h54.

São Paulo – A Polícia Militar de São Paulo se manifestou sobre a tragédia ocorrida na madrugada deste domingo (1º) na favela de Paraisópolis, na Zona Sul paulistana. Em entrevista coletiva, o tenente-coronel Emerson Massera afirmou que a ação dos policiais de usar balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio foi uma reação ao ataque de diversas pessoas que estavam no baile a carros da polícia .

Segundo Massera, que é porta-voz da PM, a sequência de ações só ocorreu porque o grupo de policiais foi atacado a tiro por suspeitos que estavam sendo perseguidos.

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“As ações só se deram porque os policiais foram atacados antes de começar o ‘pancadão’”, afirmou o porta-voz da PM. Segundo Massera, das nove fatalidades, uma pode ter ocorrido por conta dos tiros.

A confusão aconteceu nas primeiras horas da madrugada, quando dois homens em uma motocicleta atiraram contra policiais do 16º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) que realizavam a Operação Pancadão na região. Os agentes perseguiram os bandidos até o baile funk, o que gerou tumulto generalizado entre as mais de 5 mil pessoas que estavam no local.

Na dispersão, nove pessoas morreram por ferimentos após terem sido pisoteadas. Entre as vítimas, que não tiveram seus nomes revelados, estão oito homens e uma mulher. Outras pessoas que ficaram com ferimentos leves foram encaminhadas ao Hospital Campo Limpo e também para a AMA Paraisópolis.

Sobre os suspeitos, a Polícia Militar informou que até quatro pessoas foram identificadas, mas que por enquanto ninguém foi preso. Uma arma foi recolhida no local.

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