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Picciani sinaliza que pode voltar à liderança do PMDB

Ele disse também que não se surpreendeu com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), para a sua saída do cargo


	Eduardo Cunha e Leonardo Picciani na Câmara: apesar de dizer que recebeu com tranquilidade a notícia, o peemedebista minimizou a decisão da maioria da bancada
 (Antônio Cruz/ Agência Brasil)

Eduardo Cunha e Leonardo Picciani na Câmara: apesar de dizer que recebeu com tranquilidade a notícia, o peemedebista minimizou a decisão da maioria da bancada (Antônio Cruz/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 16h45.

Brasília - Após a decisão da maioria do PMDB de trocar a liderança do partido na Câmara, o ex-líder da legenda Leonardo Picciani (RJ) sinalizou que tentará voltar à função.

Apesar de dizer que recebeu com tranquilidade a notícia, o peemedebista minimizou a decisão da maioria da bancada ao afirmar que ela foi tomada com a diferença de apenas um voto.

Ele disse também que não se surpreendeu com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), para a sua saída do cargo.

Picciani criticou a forma como foi destituído. Ele lembrou que a prática de realizar listas para a escolha de líderes no partido estava extinta desde que Henrique Eduardo Alves assumiu a presidência da Câmara e declarou como "aberta" uma nova temporada de decisões baseadas neste preceito.

"Não sei se ocorrerá ou não, mas a qualquer momento pode vir uma lista e trocar o líder da bancada", disse, sinalizando que pode voltar caso consiga votos a seu favor.

Ao classificar a bancada do partido na Câmara como "rachada" após a movimentação para a troca da liderança, Picciani disse que voltará se essa for uma decisão do PMDB.

"Se a bancada em algum momento achar que eu deva voltar à função (de líder), eu posso vir a retornar. Se não, continuarei a desempenhar meu mandato no plenário da Câmara dos Deputados", afirmou.

Questionado sobre seu papel de líder do PMDB na Casa, Picciani afirmou que suas escolhas para a comissão especial que avaliará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff foram neutras, representavam a bancada e que "todos os indicados para a comissão teriam liberdade de se posicionar".

A ala rebelde do PMDB criticou as escolhas e articulou com a oposição uma chapa paralela que acabou escolhida em votação na Câmara.

Picciani fez questão de frisar que não conversou com o Palácio do Planalto sobre a decisão do PMDB e lembrou que Cunha não o apoiou quando ele foi eleito líder.

"Ele ficou neutro na disputa e não trabalhou nos bastidores", disse.

Sobre sua responsabilidade na reforma ministerial realizada pela presidente Dilma Rousseff, quando ele indicou alguns nomes, o ex-líder destacou que os "ministros são do governo e cumprem seu papel junto ao governo".

Segundo ele, "quem definiu pela indicação dos ministros foi a maioria da bancada".

Questionado sobre sua passagem pelo cargo, Picciani afirmou que "acredita ter cumprido a missão, defendido a bancada, os interesses", mas que não cabe a ele "o desejo de voltar a ser líder".

Sem entrar em conflito, o ex-líder preferiu deixar para o presidente Cunha os esclarecimentos sobre o apoio ao novo líder Leonardo Quintão (PMDB-MG).

"Cabe a ele saber as razões, minha relação com ele permanece a mesma que sempre foi, política", finalizou.

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