Brasil

PF vai monitorar candidatos relacionados ao crime organizado no Rio

Segundo Jungamann, existem comunidades no Rio de Janeiro que somam 1,1 milhão de pessoas que vivem sob o controle do crime organizado

PF vai ter um centro de cooperação e inteligência eleitoral, para monitorar e identificar candidatos que tenham relação com grupos do crime organizado que atuam no Rio (Alan Lima/Reuters)

PF vai ter um centro de cooperação e inteligência eleitoral, para monitorar e identificar candidatos que tenham relação com grupos do crime organizado que atuam no Rio (Alan Lima/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de setembro de 2018 às 14h57.

A Polícia Federal vai ter um centro de cooperação e inteligência eleitoral, para monitorar e identificar candidatos que tenham relação com grupos do crime organizado que atuam no Rio de Janeiro. A informação é do ministro da Segurança Pública, Raul Jungamann, que participou hoje (5), no Rio de Janeiro, da cerimônia de transferência de subordinação do porta-helicópteros multipropósito Atlântico para o Comando de Operações Navais da Marinha.

"Da nossa parte, nós estamos concluindo um centro de cooperação e inteligência eleitoral no âmbito da Polícia Federal, para monitorar e identificar quem são esses candidatos, e ao mesmo tempo evitar que eles cheguem ao mandato e se chegarem ao mandato, sob a batuta do tribunal Superior Eleitoral, que é quem tem competência nesse caso, cassá-los e puni-los", disse Jungmann.

Segundo o ministro, existem comunidades no Rio de Janeiro que somam 1,1 milhão de pessoas que vivem sob o controle do crime organizado, seja milícia ou tráfico. "Quem tem o controle do território, tem o controle do voto e elege os seus representantes. Então é preciso impedir que os representantes do crime organizado consigam se eleger. E se se elegerem, eles precisam ser cassados, precisam ser punidos. É inadmissível que o crime tenha uma representação parlamentar", disse o ministro.

Reforço na segurança

No mês passado, o secretário de Estado de Segurança, general Richard Nunes, disse que o reforço das tropas federais e da intervenção no Rio de Janeiro durante as eleições terá como foco 637 locais de votação que estão em áreas sob influência de organizações criminosas. O número corresponde a 12,76% do total e concentra 1,787 milhão de eleitores, ou 14,6% do total.

Na ocasião, o presidente do TRE, desembargador Carlos Eduardo da Rosa da Fonseca Passos, informou que está estudando, com outros colegas do tribunal, a possibilidade da concessão da tutela antecipada de evidência para os casos de comprovação de candidatos eleitos que tenham relação com organizações criminosas. Ele disse também que vai solicitar a criação de um grupo de trabalho para acompanhar os candidatos que tiveram mais votos nas áreas conflagradas.

Acompanhe tudo sobre:crime-no-brasilEleições 2018Polícia FederalRio de Janeiro

Mais de Brasil

Novo oficializa candidatura de Marina Helena à prefeitura de SP com coronel da PM como vice

Estudo da Nasa aponta que Brasil pode ficar 'inabitável' em 50 anos; entenda

Temperatura acima de 30°C para 13 capitais e alerta de chuva para 4 estados; veja previsão

Discreta, Lu Alckmin descarta ser vice de Tabata: 'Nunca serei candidata'

Mais na Exame